19 January 2008

TOP 100 DO SÉCULO XX (X e último)
(organizado - ordem alfabética - para a revista Op em 2003)



VAN MORRISON - Astral Weeks
THE VELVET UNDERGROUND & NICO - TVU&N/Rarities 66-93 (bootleg)
XTC - Fossil Fuel: The XTC Singles
YOUNG MARBLE GIANTS - Colossal Youth
VÁRIOS - Great Jewish Music: Burt Bacharach
VÁRIOS - Lost In The Stars/September Songs
VÁRIOS - Nuggets: Luke Vibert's Selection
VÁRIOS - OHM: The Early Gurus Of Electronic Music (1948-1980)
VÁRIOS - Tropicália
VÁRIOS - Ultra Lounge (18 vol.)


(2008)

10 comments:

Anonymous said...

Com a lista completa,e espero que não leve a mal, mas vou aproveitar para fazer alguns comentários: 1) a uma determinada hora de um dia qualquer a minha lista não deveria ser muito diferente da sua (noutra altura, se calhar, poderia ser). 2) Se fosse publicada agora, incluia, de certeza, «horsedrawn wishes» dos rollerskate kinny, «mettle» dos hugo largo e «original soundtracks 1» dos passengers (ou zooropa dos U2?) e «what's going on» de Marvin Gaye (mas é só por uma questão de gosto pessoal, não há outra razão). 3) Não conheço disco dos Pink Floyd que aguente a comparação com «the piper at the gates of dawn» (a maioria é, até, bem fraquinha), mas, pelo respeito que tenho por si, vou aproveitar para ouvir melhor «saucerful of secrets». 4) São tão boas que apetece meter em todas as listas, mas as gravações de «blood money» e «the raven» não são deste século? Pelo menos, em Portugal, só os vi à venda em 2002 e 2003, respectivamente (mas parece que estou enganado). 5) O disco homónimo dos Liquid Liquid não é conhecido por outro nome? É que andei a pesquisar na net e não o encontro... 6) De David Ackles só conheço «subway to the country». Os outros parecem-me virtualmente impossíveis de encontrar. 7) Fico-lhe «eternamente» grato por, graças a si, ter descoberto um disco esplêndido como é o «snafu» dos East of Eden.

Anonymous said...

Os três primeiros discos do David Ackles estão, se não estou em erro, todos editados no catálogo da Collector's Choice. Até há bem pouco tempo encontravam-se, ao desbarato, naquela loja de discos do Atrium Saldanha, hiprodomme ou lá o que era.

menina alice said...

"Great Jewish Music: Burt Bacharach"

Este eu gostava muito de ouvir.

João Lisboa said...

Rui:

1) o dos Rollerskate Skinny é um magnífico discaço mas até hoje ainda estou para saber por que motivo, quando escrevi sobre ele, disse coisas do género o-melhor-disco-da-galáxia-e-arredores-desde-que-Noé-desembarcou-da-arca-ao-lado-do-pinguim-e-do-treponema-palidum. Provavelmente, por ter assistido a um (a recordação é: assombroso) concerto deles, em Dublin, já tarde na noite e com generosa absorção líquida. Mas até poderia facilmente ter entrado na lista. Por acaso, perdi o meu exemplar. Tenho de ver se o recupero para tirar isso a limpo.

2) o Mettle, claro que sim... vou ali vergastar-me;

3) o Piper At The Gates Of Dawn é muito, muito bom (quase o fundador de toda a psicadélia futura) mas - eu que sempre prefiro as pós-revoluções às revoluções - parece-me que o Saucerful, à segunda tentativa, é logo a formulação clássica definitiva;

4) um gigantesco auto-lol para os cronologicamente marados Blood Money e Raven!!! Será que os incluí mesmo na lista da "Op" (também acho que perdi o exemplar da revista...)?; mas não vou mudar nada nos posts: um disparate jeitoso cai sempre bem;

5) os Ackles, volta e meia, são reeditados a conta-gotas; acho que, no ano passado, 2007, voltaram a ser; mas os dois primeiros (Road To Cairo e American Gothic) é que são as jóias.

João Lisboa said...

""Great Jewish Music: Burt Bacharach" Este eu gostava muito de ouvir."

Alicinha, é quando quiseres.

Anonymous said...

Ao João Lisboa:

Obrigado pela resposta. E a prova material de que estas listas mudam constantemente chegou-me mais tarde, quando me lembrei que na sua lista também faltou o «calenture» dos Triffids...(acho que nem vai acreditar, mas falta mesmo!)

Anonymous said...

O The Raven e o Blood Money estão mesmo na lista da OP! Também nunca dei conta do erro.

João Lisboa said...

Vai mesmo ficar. Daqui por 200 anos, os historiadores da música do século XX vão ver-se às aranhas para tirar isso a limpo. É bom: ajuda a criar postos de trabalho que isto em 2200 não há-de estar melhor.

Ui... o Calenture!... (mas também não podia entrar tudo - mesmo sendo 100 são apenas 100 e já fiz alguma batota de meter dois ou três álbuns do mesmo grupo/artista para tentar minimizar as "injustiças")

menina alice said...

"Alicinha, é quando quiseres."

Grata e pode ser já na próxima comezaina. Ou então de uma forma mais virtual, se não for arrojo descarado.

Fogo! Não puseste o Calenture?! :O

Julinho said...

A menos que haja uma história de décalage gravação-publicação que me tenha passado ao lado, os dois primeiros discos do Ackles são o homónimo e o Subway to the Country, sendo o glorioso (mesmo não sendo eu gente para me sequer fingir minimamente piquínhas dentre esse espólio sagrado)American Gothic o terceiro.
Para mais atafulhar o éter de metedice gratuita, e não fosse alguém fazer confusão a buscar atabalhoada e desesperadamente as pepitas desse homem entre homens, Road to Cairo é o título dado a uma reedição do homónimo disco de estreia, decalcado do título da sua primeira faixa e episódico shot at success da Elektra para um artista menos vendável que as coisas do mercado tolera(ra)m, mas, tanto quanto saiba, o conteúdo de ambas edições não difere em nada, e a edição original com o título David Ackles é a que eventualmente ainda se encontra disponível.
Esvaziando o saco, em matéria de reedições, as da Collector's Choice andam para desaparecer do mercado; foi de facto editado o ano passado "There is a River" que recolhe os 3 álbuns para a Elektra e um punhado de supostos inéditos mas creio já se ter volatilizado misteriosamente do mercado; e o quarto e derradeiro e malquisto (e se contém as únicas canções do Ackles sem as quais se pode/prefere viver, ainda tem meia-dúzia que é dever à causa degustar e lamber-se frustradamente por mais) «Five & Dime» está reeditado pela Raven com outro punhado de extras, este de covers hediondas (exceptuando a do Martin Carthy (obrigado...)), a demonstrar que a grandeza de um homem pode mesmo ser inversamente proporcional às vozes que o laudam. Mas também lá por isso, laude-se aqui baixinho um pouco mais: there's still room for it.