07 September 2023

TRABALHAR PARA A MUSA

Num daqueles momentos charneira em que, na data, se torna obrigatório passar a colocar um "antes de" e "depois de" – falo de 2004 e da finalmente concretizada restauração de Smile, de Brian Wilson/Beach Boys –, veio bastante a propósito explorar e inventariar o que restaria ainda de tesouros ocultos numa era em que a Net desvendara já muito do que (entre "bootlegs", "lost albums", pepitas de lado B e infinitas outras raridades) alimentara a imaginação de duas ou três gerações de fãs. E, por aí, foram sendo exumados projectos nunca, até então, concretizados ou ignorados. Foi o caso de Household Objects, dos Pink Floyd (1973): após o sucesso planetário de Dark Side Of The Moon, Waters, Wright, Mason e Gilmour, ocuparam-se com a gravação da sonoridade de objectos domésticos – copos de vidro, caixas de cartão, elásticos, tiras de borracha... – para o que poderia ter sido, mas nunca foi, um encontro entre rock e "musique concrète". (daqui; segue para aqui)


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