16 August 2023

 
(sequência daqui) Começou cedo, aos 9 anos, quando a poliomielite a deixou paralisada.: "A minha coluna estava toda deformada, parecia um comboio após um acidente ferroviário. Era incapaz de andar", contaria ela quando, 40 anos mais tarde, o que a medicina designa como síndroma pós-polio - que pode afectar os sobreviventes do primeiro surto da doença cerca de 15 a 40 anos depois - voltou a atormentá-la com extrema fadiga física e fraqueza muscular . "Tenho de conservar a minha energia. É como aqueles coelhinhos nos anúncios de pilhas eléctricas. Eu sou o que está quase a cair, não o que continua sem parar, infatigável". Pelo caminho, teria ainda de lidar com a doença de Morgellons - uma dermopatia de etiologia desconhecida e, possivelmente, do foro mental - e, como se isso não fosse mais do que suficiente, quando em 31 de Março de 2015 foi encontrada inconsciente em casa, ser-lhe-ia diagnosticado um aneurisma. Há 2 anos, comentaria: "Penso sempre que a poliomielite foi um ensaio para o resto dos meus dias. Tive de regressar à vida várias vezes. E esta última foi um abalo a sério. Mais uma vez, não conseguia andar. Tive de reaprender a fazê-lo. Não conseguia falar. A poliomielite não me atingiu de modo tão violento, o aneurisma foi muito pior. A fala regressou depressa mas ainda me é difícil caminhar. Mas que raio!... Tenho sangue irlandês e não desisto sem dar luta! Lá vou coxeando pelo caminho, e tudo há-de ficar bem". (segue para aqui)

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