02 March 2021

... considere-se, entretanto, a vantagem de a hipotética vitória da "coligação" PSD/migalhas enfraquecer as possibilidades de o Medina ser o próximo soba do Rato

4 comments:

Andre said...

Sendo ou não o próximo soba do Rato Mickey, parece difícil que Medina venha a ser primeiro ministro proximamente. Começa a acumular uma herança negativa, impopular, cada vez mais pesada na câmara de Lisboa. Só um total deserto na concorrência o levaria a São Bento.

João Lisboa said...

"parece difícil que Medina venha a ser primeiro ministro proximamente"

Proximamente, não. Mas está a pensar nisso.

Daniel Ferreira said...

«Começa a acumular uma herança negativa, impopular»

Depois do 25 de Abril, não se viu governo mais descaradamente corrupto e prepotente do que o de Cavaco Silva. Nem tão pouco existe memória de um governo democrático (salvo seja) que mais tenha violado rotineiramente as suas próprias leis sem uma hesitação ou sequer um leve pestanejar de pudor. A herança que nos deixou ainda hoje tem um peso considerável (a todos os níveis) na nossa desgraça colectiva. Quando já nada havia senão lodo e escândalos denunciados a ritmo diário, o professor pôs-se ao fresco e entregou a pasta a um pobre diabo (Fernando Nogueira) que foi sacrificado sem dó nem piedade nas eleições legislativas. Do pobre diabo não mais se ouviu falar. Da falta de idoneidade de Cavaco e seus acólitos (como Marques Mendes, modelo supremo do lambe-botismo, ou essa coisa inclassificável que dá pelo nome de Santana Lopes) toda a gente se esqueceu. Quando voltou, tornou-se presidente da república.

Quem se lembrará da passagem de Medina pela Câmara de Lisboa daqui a 10 anos (ou menos)?

E quem se lembrará de Sócrates quando ele regressar à política, mais tarde ou mais cedo?

João Lisboa said...

"Quem se lembrará da passagem de Medina pela Câmara de Lisboa daqui a 10 anos (ou menos)?

E quem se lembrará de Sócrates quando ele regressar à política, mais tarde ou mais cedo?"

A memória não costuma ser a qualidade mais forte do p.o.v.o. mas, no caso do Sócrates, ainda faltam uns bons anos para se apagar. O Medina ainda tem muito tempo para enriquecer o CV.