15 May 2020

... e também há este outro
ponto de vista...

"Essa coisa chamada 'marxismo cultural', que atravessou o Atlântico, vinda dos Estados Unidos, não é uma categoria política, não é um movimento cultural, não é um conceito: é o nome de um espantalho, na sua versão cómica, ou um fantasma terrível, na sua versão mais negra, que pode provocar patologias do comportamento a quem é acometido por visões que dão corpo a este espectro. (...) A ideia de 'marxismo cultural' é uma máquina mitológica que funciona à custa de fantasmas, lugares-comuns, estereótipos, frases feitas, repetição de fórmulas que não necessitam de ser analisadas nem sequer compreendidas (...)" (AG)

17 comments:

Anonymous said...

"(...) é o nome de um espantalho, na sua versão cómica, ou um fantasma terrível, na sua versão mais negra,(...)
Tretas.
O marxismo cultural está vivo e factura. Em Portugal na Geringonça.

Ora vejamos: O que é que significa, realmente o marxismo cultural? Para começar, que há umas ideias peregrinas que se foram fixando, aos poucos, na tessitura social nacional.
Tais ideias peregrinas ocupam já quase todo o espaço mediático.
Não há espaço mediático para se falar de raças a não ser negando o conceito e denunciando sempre a linguagem discriminatória; ou do feminismo e da sua permanente hostilidade ao sexo oposto; ou da evocação histórica a não ser para a denunciar como colonialista ou fascista.

Os costumes são alterados a mascoto legal e ninguém pode criticar tal fenómeno sob pena de dejecção mediática. A uniformização do pensamento, incluindo o político carrega sempre o peso do conceito marxismo de luta de classes e perverte qualquer tipo de pensamento oposto. Quem se atreve a questionar o modelo é postergado para a franja negra do fascismo, seja lá isso o que for mas será sempre a geena de qualquer amanhã que cante. O lugar onde se atira o lixo. O Ventura que o diga, mas também não tem estaleca para fazer frente a esta besta negra e vermelha. Mas Chega por agora, uma vez que é o único a destoar desta cambada de zombies.

A consequência desta revolução cultural está aí, naquele quadro de sondagens eleitorais: o povo português quer ser assim, como lhe mostram que deve ser, todos os dias nas tv´s.

São as televisões que molduram, modulam e acabam por moldar todo a sociedade portuguesa actual. São um espelho e simultaneamente emitem a luz própria desses conceitos que afinal nunca existiram.

Portugal mudou ao longo destes últimos 40 anos. A Esquerda ganhou a partida e ninguém lhe dá luta. Quem não enfileirar nas hostes não tem lugar a qualquer mesa que se preze e os pobres marginais nunca fizeram revoluções. A não ser que apareça alguém a mostrar a nudez destes reizinhos de circunstância que tomaram o poder e o guardam ciosamente.

Basta ver e ouvir os pivots de telejornal, os melhores exemplos mediáticos destes zombies e resultado prático e concreto do sistema educativo e formação cultural que receberam dos mestres dominante, precisamente os que denegam a sua própria existência.

Um dos exemplos mais tristes e mais sintomáticos deste adormecimento nacional, deste estado de zombies que se pauta pelo respeito ao ideário do marxismo cultural que segundo aquele ideólogo pindérico "não existe", pode fixar-se nesta imagem e circunstância, de há uns dias, na visita conjunta do actual representante do poder executivo nacional e do supremo magistrado da nação.
Fizeram-no a uma unidade de produção de carros estrangeiros, resultado de capital e investimento estrangeiros, da Alemanha capitalista e que nos trata como colónia, com o devido desprezo. Merecido, aliás.
O sistema cultural marxista precisa tanto desta unidade produtiva que a sua perca significaria uma tragédia nacional talvez maior do que a crise sanitária porque é simplesmente o maior exportador que está por cá. Estrangeiro e que exporta para o estrangeiro, deixando cá as migalhas da mais valia que extrai no conceito marxista. A contradição não afecta os agentes do marxismo cultural porque é assim mesmo: vivem de ideias balofas que se esfumam nelas.

José

João Lisboa said...

Só publiquei este comentário (a referência ao palhaço neo-facho fez-me ainda hesitar...) para demonstrar quão vazio é esse conceito do "marxismo cultural". Quando o exemplo "mais sintomático" que consegue encontrar é a patética rábula do Marselfie e do Costa na Autoeuropa - ainda por cima assente em raciocínios tenebrosamente "marxistas" como "uma unidade de produção de carros estrangeiros, resultado de capital e investimento estrangeiros, da Alemanha capitalista e que nos trata como colónia, com o devido desprezo" - está tudo dito.

Depois, dizer que "não há espaço mediático para se falar de raças a não ser negando o conceito e denunciando sempre a linguagem discriminatória; ou do feminismo e da sua permanente hostilidade ao sexo oposto; ou da evocação histórica a não ser para a denunciar como colonialista ou fascista" é de uma tão grande ignorância e confusão de ideias que não sequer merece refutação.

E, já agora, "perca" é um peixe. O que queria escrever era "perda". O que até facilitaria umas rimas a condizer.

Nota: caso tencione esticar-se no venturismo fascistóide, não vale a pena dar uso ao teclado.

Anonymous said...

António Guerreiro é um bom exemplo do que ele afirma não existir.
E não deixa de ser triste a manipulação que faz ao invocar a imbecilidade do psicopata do Breivic em vez de se lembrar da Escola de Frankfurt e do Gramsci, centrais para se perceber as raízes ideológicas do conceito. Enfim...

John Zerzan

Anonymous said...

Para demonstrar quão preenchido é o conceito "marxismo cultural" não me irei alongar. Contudo, sugiro que leia no BLASFÉMIAS, este post da Cristina Miranda. Trata-se de uma boa introdução à caracterização do conceito a propósito de um exemplo recolhido.

https://blasfemias.net/2018/10/19/beijar-os-avos-e-violencia/?fbclid=IwAR0rnVDhI-D9E3o9Ioe-kpSaqw8nB2-3GfHeqlGKPDh7_hs9frzcl5Oa2m0

José

João Lisboa said...

"sugiro que leia no BLASFÉMIAS, este post da Cristina Miranda"

Cada um tem as referências que pode. Essa criatura é de uma tal indigência intelectual - sub-ventura até! - que só o facto de a citar deixa tudo absolutamente esclarecido. E poupa imenso tempo para leituras mais proveitosas.

Over & out.

Daniel Ferreira said...

Existe, claramente, uma tendência generalizada na discussão pública actual para reduzir as opiniões contrárias a chavões. O digno representante dessa tendência é, como se sabe, o Bloco de Esquerda. Contudo, seria desonesto dizer que a esquerda é a única força redutora do discurso. Tal como, para uma certa esquerda, os outros são sempre fascistas, colonialistas, racistas, sexistas, homofóbicos e etc., há uma certa direita acéfala de expansão acelerada no planeta virtual (patente nos comentários do único jornal que sigo, o Observador) para a qual tudo o que acontece é culpa: a) dos pretos; b) dos xuxalistas/comunas; c) do politicamente correcto; e d) do marxismo cultural. E não passa disto, mesmo que seja para justificar um buraco na estrada, uma árvore caída ou um furacão em casa do caralho.

Não resisto a dizer que há uns 15 anos tive de explicar a origem do politicamente correcto a uma pessoa que estava convencida de que o conceito tinha sido inventado pelo Cavaco Silva. A actual troca de galhardetes entre esquerda e direita que referi acima é o reflexo da profunda ignorância e desonestidade em que as discussões públicas estão mergulhadas. Se as elites se portam desta maneira...

João Lisboa said...

Isso tudo e um tribalismo agoniantemente doentio: à viva força, há que envergar uma camisola do país, da cidade, do bairro, do clube, do partido, da igreja, da empresa.

Music lover said...

A camisola é um colete de força, cega as pessoas. Depois, como o João diz, é só confusão.

Anonymous said...

Não. o marxismo cultural não é uma teoria da conspiração. É uma ameaça real que já está em curso e tomou conta do pensamento. Agora, só falta mesmo que esta oligarquia familiar que controla as instituições todas do Estado, reforce seus poderes e se perpetue no governo.

John Zerzan

João Lisboa said...

E ignorância, imensa ignorância. Da pior variedade: a que não tem a menor consciência de que é ignorante.

Aníbal Duarte Corrécio said...

Caro João Lisboa, não partilho da sua ideia,ao referir o "vazio" do conceito, assim como não concordo com a ideia de "espantalho" do António Guerreiro.
António Gramsci, filósofo italiano marxista, é central no nascimento do Marxismo Cultural. Resumindo: António Gramsci ao perceber a dificuldade de implementação do socialismo, seja pela luta de classes seja pelo apelo à união nacional, logo reviu outra forma de fazer a revolução: a infiltração da ideologia na sociedade através do poder político. Tomando a comunicação social, as escolas, as universidades, a religião, as artes, a História, mudaria o pensamento doutrinando-o nos ideais marxistas . A sociedade seria tomada lentamente e sem violência e de uma forma naturalmente aceite e sem contestação. Nasce assim o marxismo cultural.

João Lisboa said...

"a infiltração da ideologia na sociedade através do poder político"

Que é o que acontece com todos os poderes políticos, todas as ideologias e todas as sociedades, não é verdade? Embora só neste caso pareça tratar-se de "ideologia".

Quando, durante a era-Passos (e, sob outras vestes, nos tempos da cavacal figura), as virtudes da austeridade, do individualismo e do "empreendedorismo" eram amplamente defendidas, não se tratava também de ideologia? E qual o problema de essas ou outras ideologias se afirmarem "lentamente e sem violência e de uma forma naturalmente aceite"? É o que se chama luta política e de ideias que nunca deixou de existir.

Gostava era, francamente, de saber o que o Marx (ou o Gramsci) nos legaram acerca de direitos LGBT, aborto, eutanásia, alterações climáticas, legalização de drogas...

(essa ideia inovadora da "implementação" do socialismo "seja pela luta de classes seja pelo apelo à união nacional" também é bastante pitoresca...)

Francisco Hermes Estevão Vao said...

Caro João Lisboa

Não sei porque carga de água defenderá os marxistas culturais, quando o sr. não tem nada a ver com o assunto e não veste essa camisola.

Deixo aqui este escrito que em poucas linhas diz o essencial e o que importa. Que é o de saber se existe ou não.

Cumprimentos

https://olavodecarvalho.org/do-marxismo-cultural/

João Lisboa said...

O farsante, astrólogo e guru do Fachonaro???!!!... Zeus nos livre de ler uma sílaba que seja de tal aventesma.

Se insistir, o comentário será eliminado.

nickname joão almeida said...

Quem é o Sr. Melo ?

João Lisboa said...

O Florimelo. https://lishbuna.blogspot.com/search?q=Florimelo

Anonymous said...

Aqui vai mais uma tirada ( minha ) de marxismo cultural
Os rapazes e raparigas do observador são intelectualmente sub-humanos . Tal qual o que os nazis alemães pensavam dos polacos .