É urgente legislação que “admita o possível sofrimento" de alguns professores de direito civil de Coimbra "em nome da fruição cultural e artística do ser humano”
Provavelmente desconhece o ambiente da Faculdade de Direito da UC. Se conhecesse, saberia que o simples hipótese de um professor cumprimentar um aluno no corredor é considerado um retrocesso civilizacional. Pelo menos, era assim no início da década de 90, tal como me foi contado por vários colegas que, muito desiludidos, lá estudavam.
Aliás, se algum dia tiver oportunidade, sugiro-lhe a leitura da sebenta de Introdução ao Direito do professor Pinto Bronze (também autor de «A metodonomologia entre a semelhança e a diferença: Reflexão problematizante dos pólos da radical matriz analógica do discurso jurídico: https://www.uc.pt/fduc/corpo_docente/fpbronze»). Perceberá o quanto a experiência universitária se pode aproximar de uma detenção em Guantanamo.
Trata-se, portanto, de um nicho ecológico de espécies raras. O que não deverá impedir "o possível sofrimento" de algumas delas "em nome da fruição cultural e artística do ser humano”.
Descobri este naco: "O titulo, originariamente excogitado para este trabalho, depois de provisoriamente estruturada uma parte da obra, era o seguinte: intersubjectividade da prudencial fundamentação racionalizante, autonomia intencional do acto concretamente judicativo e pluridimensionalidade do hermenêutico horizonte dos problemas juridicamente relevantes - os termos e o tertium do discurso prático-analógico e dialético-crítico superador da tradicional impostação teorético-autista da metodonomologia. Abandonámo-lo por excessivamente prolixo e por esteticamente imprestável na sua demasiado nítida linhagem setentista, mas julgamos que talvez sintetizasse de um modo compreensivo (hoc sensu, sem excluir nenhum parâmetro relevante do problema que nos proposemos estudar), como nenhum outro, o percurso empreendido"
Sim, de repente senti um ímpeto saudosista que me recordou o tempo em que os meus pobres colegas de direito me recitavam definições de tão brilhante pergaminho e me fez recorrer ao Google.
«O direito é um dever ser que é (Castanheira Neves). - A vigência é exactamente este modo de existir de um dever ser (em que o dever-ser se realiza: sendo / visão pratico-argumentativa, que se opõe a visão lógico-analitica do “dever-ser que não é”.)»
___________ já se sabe que andei lá por perto, na FLUC, mas tinha uma calhoada de gente conhecida/alguns amigos na FDUC. É um facto, aquilo tresanda, basta ver de onde surgem, como cogumelos, tantos governantes/conselheiros de estado/etc. deste jardim à beira-mar plantado, mas posso contar cousa bem engraçada. Ex: o Orlando de Carvalho, para sempre & forever um dos monstros do spot em questão, que conheci no café que ambos frequentávamos (era muito amigo do Joaquim Namorado, outra delícia, quando lhe pediam permissão para retirar uma cadeira da sua mesa, recusava, insultando com citações em latim :), o terror dos terrores, com os alunos, impiedoso e, contudo, o Orlando de Carvalho que me foi dado escutar e observar, claramente pessoa de grande cultura e inteligência, fazia-o propositadamente, um irónico de gema, seguramente farto de tanta besta competitiva e, principalmente, demasiado ignorante para aquilo que ele conseguiria aturar: alunagem de merda, como costumo dizer :)
Para publicar um comentário basta um clic. Para lhe responder, pode levar mais um bocadinho... eu, de facto, não conhecia os senhores mas acredito que, na acaNemia, fossem uma aragem refrescante.
__________ (recuando, humildemente, sem me virar, sequer; se for contra um poste avisa o INEM, que ninguém me paga as baixas médicas e preciso do toutiço para desempregar os dias, lá a 6Km :)
13 comments:
Provavelmente desconhece o ambiente da Faculdade de Direito da UC. Se conhecesse, saberia que o simples hipótese de um professor cumprimentar um aluno no corredor é considerado um retrocesso civilizacional. Pelo menos, era assim no início da década de 90, tal como me foi contado por vários colegas que, muito desiludidos, lá estudavam.
Aliás, se algum dia tiver oportunidade, sugiro-lhe a leitura da sebenta de Introdução ao Direito do professor Pinto Bronze (também autor de «A metodonomologia entre a semelhança e a diferença: Reflexão problematizante dos pólos da radical matriz analógica do discurso jurídico: https://www.uc.pt/fduc/corpo_docente/fpbronze»). Perceberá o quanto a experiência universitária se pode aproximar de uma detenção em Guantanamo.
:-)))))
A "metodonomologia" parece-me excitante!!!
Trata-se, portanto, de um nicho ecológico de espécies raras. O que não deverá impedir "o possível sofrimento" de algumas delas "em nome da fruição cultural e artística do ser humano”.
Descobri este naco: "O titulo, originariamente excogitado para este trabalho, depois de provisoriamente estruturada uma parte da obra, era o seguinte: intersubjectividade da prudencial fundamentação racionalizante, autonomia intencional do acto concretamente judicativo e pluridimensionalidade do hermenêutico horizonte dos problemas juridicamente relevantes - os termos e o tertium do discurso prático-analógico e dialético-crítico superador da tradicional impostação teorético-autista da metodonomologia. Abandonámo-lo por excessivamente prolixo e por esteticamente imprestável na sua demasiado nítida linhagem setentista, mas julgamos que talvez sintetizasse de um modo compreensivo (hoc sensu, sem excluir nenhum parâmetro relevante do problema que nos proposemos estudar), como nenhum outro, o percurso empreendido"
Ainda estou nos Cuidados Intensivos.
Sim, de repente senti um ímpeto saudosista que me recordou o tempo em que os meus pobres colegas de direito me recitavam definições de tão brilhante pergaminho e me fez recorrer ao Google.
«O direito é um dever ser que é (Castanheira Neves). - A vigência é exactamente este modo de existir de um dever ser (em que o dever-ser se realiza: sendo / visão pratico-argumentativa, que se opõe a visão lógico-analitica do “dever-ser que não é”.)»
In: https://www.scribd.com/document/49174869/O-Modo-de-Ser-do-Direito-Fernando-Bronze-em-Licoes-de-Introducao-ao-Direito
A minha situação clínica agravou-se.
toma um beijo e acorda, belezo :)
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já se sabe que andei lá por perto, na FLUC, mas tinha uma calhoada de gente conhecida/alguns amigos na FDUC. É um facto, aquilo tresanda, basta ver de onde surgem, como cogumelos, tantos governantes/conselheiros de estado/etc. deste jardim à beira-mar plantado, mas posso contar cousa bem engraçada. Ex: o Orlando de Carvalho, para sempre & forever um dos monstros do spot em questão, que conheci no café que ambos frequentávamos (era muito amigo do Joaquim Namorado, outra delícia, quando lhe pediam permissão para retirar uma cadeira da sua mesa, recusava, insultando com citações em latim :), o terror dos terrores, com os alunos, impiedoso e, contudo, o Orlando de Carvalho que me foi dado escutar e observar, claramente pessoa de grande cultura e inteligência, fazia-o propositadamente, um irónico de gema, seguramente farto de tanta besta competitiva e, principalmente, demasiado ignorante para aquilo que ele conseguiria aturar: alunagem de merda, como costumo dizer :)
p.s. (salvo seja :\) - é favor responder, que eu adorava estes 2 senhores :)
oki, quem os adorava era eu... :)
Para publicar um comentário basta um clic. Para lhe responder, pode levar mais um bocadinho... eu, de facto, não conhecia os senhores mas acredito que, na acaNemia, fossem uma aragem refrescante.
olha!
para publicar basta um quelique? atãomazatão, isto é só redigir e nada de pensar???
(apetece-me bater-te)
sim, eram ambos uma aragem refrescante, cada um dom as suas idiossincrasias deliciosas: e sempre me trataram bem :)
"para publicar basta um quelique? atãomazatão, isto é só redigir e nada de pensar???"
Para EU publicar um comentário que alguém aqui coloque.
prontos!
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(recuando, humildemente, sem me virar, sequer; se for contra um poste avisa o INEM, que ninguém me paga as baixas médicas e preciso do toutiço para desempregar os dias, lá a 6Km :)
:-)
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