12 July 2016

Chega a ser aflitivo como, até gente inteligente, é, leninhamente, incapaz, de compreender que um ponto de vista não é necessária, inevitável e exclusivamente "de direita" ou "de esquerda", do "regime" ou do "anti-regime"

5 comments:

Anonymous said...

É um bocadinho má vontade, João; tantas coisas com que o João concorda...

João Lisboa said...

Mas é exactamente por concordar que me faz confusão a necessidade obsessiva de encaixar as coisas "à direita" ou "à esquerda". O "anti-regime" de ontem é o "regime" de hoje e o "regime" de hoje é o "anti-regime" de amanhã. E os regimes procedem todos da mesma forma.

Anonymous said...

é mesmo aflitivo,e aproveitando o artigo sobre o rock do raposo,proponho:um disco(por exemplo,do Paul Simon) analisado pela "esquerda" e pela "direita" lusa,e no fim se verá onde acaba o Simon(muito provavelmente reformado,e farto desta treta toda).joão lopes

Anonymous said...

A direita e esquerda é coisa que pode confundir, hoje em dia.

O socialismo que temos, esse é que não deveria confundir ninguém porque são eles mesmo quem se afirma como tal e dão nota alta à respectiva prestação que conduz sempre a bancarrotas.

A direita que é suposto sê-lo não o faz porque não se sente de direita, sempre e adopta medidas de esquerda, muitas vezes.

Daí que para mim a distinção, particularmente quanto à direita, seja subtil e careça de afirmação para que tal seja entendido.

Passos Coelho, nesta perspectiva não é de direita.

Na França o socialismo de Valls e Hollande não é o mesmo que foi do Rocard ou do cripto-comunista Mélenchon.

O socialismo francês, do género da Frente Popular de há 80 anos, morreu com Miterrand.

O PS de cá também enterrou esse socialismo de esquerda radical, com Mário Soares. Porém, foi desenterrado por estes abrunhos que dão pelo nome de Ferro Rodrigues, Manuel Alegre e este Costa que foi educado pela mãe Palla a erguer sempre o punho esquerdo em memória do tempo em que erguiam o punho direito.

A actual fase do socialsmo do PS é da farsa, depois da tragédia que foi no PREC.



Uncle Meat

João Lisboa said...

É tudo muito, muito subtil. E, francamente, inútil.