07 July 2015

Ooooh!... la Potiche!!!
 

10 comments:

Táxi Pluvioso said...

Justíssimo. Se ela é de Belém, Belém é o seu lugar.

Anonymous said...

Não vem a propósito, mas aqui há tempos vi um post seu em que comentava o trabalho e esta manhã dei com esta passagem retirada de Jacques Le Goff, "Para um novo conceito de Idade Média" :

«À concepção do trabalho-penitência substitui-se a ideia do trabalho como meio positivo de salvação. Como não sentir, por detrás, deste impulso de um novo mundo monástico, a pressão das novas categorias profissionais - mercadores, artesãos, trabalhadores desejosos de encontrarem, no plano religioso, a justificação da sua actividade, da sua vocação, a afirmação da sua dignidade e a garantia da sua salvação, não apesar da sua profissão, mas precisamente através dessa mesma profissão? A projecção destas aspirações no universo hagiográfico é, ainda aqui, esclarecedora. Em princípios do século XIII, o tempo dos santos-trabalhadores está já em vias de ceder o lugar ao tempo dos trabalhadores-santos.
Há mais. Esta nova espiritualidade do trabalho, como é normal, tende a enraizar-se numa teologia do trabalho. Deveremos procurar o esboço desta teologia nos comentários do Génesis, comentários que se esforçam por demonstrar que o trabalho tem as suas raízes positivas em Deus, porque: 1.º a obra do Criador (e haveria que seguir o desenvolvimento do tema do summus artifex ou summus opifex) foi um verdadeiro trabalho - trabalho superior, sublimado, criação, mas com todas as suas penosas consequências: um labor de que Deus teve de descansar ao sétimo dia. Deus foi o primeiro trabalhador. 2.º O trabalho, um certo trabalho (a definir no sentido de uma manutenção) havia sido dado ao homem, a Adão, como vocação antes da queda, pois Deus havia-o posto no Paraíso para que o trabalhasse e o conservasse (Gen. 2, 15-16). Antes do trabalho-penitência, consequência do pecado e da queda, houve um trabalho feliz, bendito por Deus, e o trabalho terrestre conservou algo do trabalho paradisíaco anterior à queda.
Não é de admirar que, nesta conjuntura, o esquema tripartido da sociedade deixe de estar adaptado às realidades sociais e mentais. [...]
Há, sem dúvida - e é até capital para que as novas categorias socio-profissionais recebam direito à vocação -, permanência e mesmo reforço da concepção unitária da sociedade cristã. Porém, o corpus cristão estrutura-se - e esta estruturação faz-se a partir da função, da profissão, do mester. O corpus já não se compõe de ordens, como na sociedade sacra da Alta Idade Média, mas sim de estados, entre os quais pode haver, e há, efectivamente, uma hierarquia mas uma hierarquia horizontal, não vertical.»

- Jacques Le Goff, "Para um novo conceito de Idade Média"

Táxi Pluvioso said...

Já me parecia que o trabalho tinha as suas raízes em Deus, esse vadio.

Então tornaste-te Anónimo? tinha no post, no blog, as últimas tendências do sexo para 2015, para andares à moda e não cometeres gafes como os nossos ministros; mas não tenho comments anónimos, tive que desligar por causa do spam, e pelo que vi, deu resultado. Aquele é capaz de ser o último post, estou doente, e pior, com um problema burocrático, que impede idas a médicos públicos, e falta de orçamento para privados, como diria Descartes, ergo, não existo (ou, a breve prazo, não existirei).

João Lisboa said...

" Aquele é capaz de ser o último post, estou doente, e pior, com um problema burocrático, que impede idas a médicos públicos"

?

Táxi Pluvioso said...

Quando fui reformado, ainda antes do simplex do Sócrates, não houve passagem automática na ADSE, tinha que ir à escola buscar o papel, para entregar no serviço criado pelo Salazar, só soube da burocracia algum tempo depois, mais o deixa andar, apanhou-me sem apoio social; tive que ir à urgência, cobraram-me cento e tal €, (por não ter segurança social) e voix d'oiseau sobre a situação que tem de ser vista no Centro de Saúde (onde estou vedado pela mesma razão). Estou há três dias a tentar deslindar o fio burocrático, veremos se chego a tempo. Enquanto isso, como escrever tornou-se um pouco difícil, aquele é capaz de ser o último post.

João Lisboa said...

...

Anonymous said...

Taxi, tornei-me anonimo, mas n sou esse anonimo que citou o le goff. Quando o pc voltar crio conta para comentar. Se estiveres mesmo em risco de vida e precisares de pastel para uma consulta no privado avisa (a serio).

alexandra g. said...

Mas desde quando se pode negar (vedar) assistência médica no SNS?

Anonymous said...

N tinha lido a explicacao e mesmo assim n percebi muito. Espero que tenhas aqueles cartoes de plastico, faz-se já uma transferencia bancaria. Espero e que o gabinete do relvas não pense que isto são formas encapotadas de subsidiar actividades revolucionarias que poem em causa a ordem publica.

Táxi Pluvioso said...

Amanhã irei à ADSE, hoje estive, mas foi numa loja do cidadão, tem que ser na colmeia-geral. Tenho que fazer uma coisa por dia, não quero praticar muitos esforços, pois se tenho que ir a mais uma urgência, estou fucked up com mais 100 euricos e um analgésico. Vou tentar escrever um belo mail para o ministério da Saúde, para fazer um belo dossier, com as belas respostas que, de certeza, vou receber. Se der uma boa história mando para o Correio da Manhã. Quanto a dinheiro, só posso citar o Claxon: "De dinheiro falamos depois". Thanx, espero que não seja necessário nada.

Desde que não se tenha segurança social, não se entra no SNS, aquilo é um negócio, e alguém tem que pagar os exames, as análises... (ou então paga o próprio como diz uma bela etiqueta que me deram na urgência e que vou guardar para sempre).