"É fácil perceber a escolha: um banqueiro que assume a sua homossexualidade ao mais alto nível é visto como um exemplo. Mas exemplo de quê e para quem? Para quem aspira chegar a banqueiro, para quem deseja mas não ousou assumir a sua homossexualidade, ou para quem acha que não se importaria nada de dizer ao mundo que é homossexual se um dia chegasse a banqueiro, em Londres? Um operário da construção civil que fizesse, na sua aldeia, perante os seus conterrâneos, exactamente o mesmo que fez o banqueiro António Simões, seria sempre um exemplo de muito maior coragem e aquele que importaria de facto mostrar. Não são obviamente os banqueiros em Londres quem mais sofre — se é que sofrem alguma coisa — pela discriminação baseada na orientação sexual. Só que o gesto de um simples operário não tem poder nem dignidade para ser amplificado. E dificilmente as suas palavras iriam soar bem na cerimónia" (daqui via imprecisões)
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