"Hoje, o papel das cidades como grandes pólos de atracção tornou-se fundamental para a competitividade da economia. Essa capacidade de atracção passa por colocá-las na rota dos grandes eventos culturais, sejam eles museus ou orquestras, ou inovação. Lisboa tinha esse desafio a vencer e convenhamos que, nos últimos tempos, a oferta cultural ou universitária já começa aproximar-se do circuito europeu. Sem perceber nada do assunto, a única questão que coloco é esta: o Miró pode ser olhado deste ponto de vista? É a melhor forma de encontrar uma resposta razoável. Percebe-se a necessidade de reduzir despesa. Essa é, aliás, a única razão do primeiro-ministro para justificar a venda. É legítima, mas não pode ser aceite sem discussão. Os Mirós não são nossos, como diz a esquerda. Mas a urgência do momento deve ser confrontada com os eventuais ganhos futuros. É bom que haja muitos europeus que queiram trazer os seus filhos a Lisboa, também por este tipo de oferta – que não é uma questão bizantina. Ainda me lembro das discussões sobre a vinda para cá da Ford-Volkswagen e sobre se devíamos utilizar fundos europeus para a incentivar a instalar-se aqui. Da parte dos alemães havia uma série de critérios de escolha. Um deles era saber se havia ópera em Lisboa. Parece mentira, mas é verdade. Já superámos essa fase. Mas continuamos a ter de valorizar o que temos de bom, incluindo a cultura e o património". (aqui)
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1 comment:
Esta já atingiu a andropausa.
Então João agora estás fâ da competitividade da economia?
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