27 October 2012

TODO O APOIO AO DECRETO-LEI 216/2012!... 

SERÁ, SEM DÚVIDA, UM IMPORTANTE PASSO EM FRENTE NO APERFEIÇOAMENTO DA ESPÉCIE ATRAVÉS DA SELECÇÃO NATURAL: GEBO DA BOLA QUE MATA GEBO DA BOLA, NUM PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO DARWINIANA DO SAPIENS SAPIENS, CONTRIBUIRÁ, DECISIVAMENTE, PARA UM MUNDO MELHOR E MAIS CIVILIZADO 

2 comments:

Anonymous said...

Cristina Ferreira, a educadora do p.o.v.o.:


Como é que vê a situação de Portugal?

De duas formas: estamos realmente numa situação muito complicada, mas a culpa não foi só dos portugueses. No entanto, nós também não soubemos, enquanto povo, gerir o nosso país.

A crise económica, o desemprego, as medidas de austeridade... também são culpa nossa?

Vamos ver se me faço entender. Eu cresci com pouco e sempre percebi que era do trabalho que as coisas vinham, que era preciso, mesmo desse pouco, guardar um bocadinho por não se saber o que vinha a seguir. Ora, há uns tempos, os portugueses viviam no paraíso e como tal achavam que isto iria sempre melhorar e nunca piorar. Eu podia estar aqui a dizer "os portugueses são uns coitadinhos, estão todos a sofrer"... É claro que existem famílias a passar fome e casais desempregados que não sabem como vão gerir as suas vidas. Mas será a culpa só dos governantes? Não acho que seja. Acho que é culpa de todos. Nós não soubemos gerir a nossa casa e as coisas ganharam esta proporção. Neste momento estamos num buraco do qual é difícil sair, mas é preciso ir à luta. Eu gosto de dar o exemplo de Portugal de há 30 ou 40 anos. Saímos muitos para fora do país, havia muitos portugueses lá fora porque cá não havia nada.

Acha que os portugueses devem emigrar, como aconselhou Pedro Passos Coelho?

Acho que está a chegar essa altura.

A solução para Portugal e para os portugueses passa pela procura de melhores condições de vida noutros países?Só pode. E agora até é bem mais fácil do que há uns anos. Supostamente, temos fronteiras abertas para podermos ir para qualquer país. Nós temos de ir à luta, e ir à luta não é ir para a praia porque se está desempregado. Há pessoas que estão diariamente à procura de emprego e não conseguem. Há outras com 40 e 50 anos que estão mortas para o mercado português, que não contrata ninguém com essas idades. Há de facto estas pessoas. Mas também há muitas outras que estão à espera de que as coisas caiam do céu. E sabe o que é que amanhã vai cair do céu? Trovoada. É o que dizem... É preciso ter sorte na vida, sem dúvida. Mas também é preciso batalhar muito. Os portugueses têm de querer trabalho e não querer emprego.

Fala uma Cristina que também é patroa...

Eu já estive dos dois lados. Já fui empregada e sou patroa, sim. Mas sei o que quis enquanto empregada e por isso sei o que tenho de dar enquanto patroa. Só se consegue ter um bom patrão se se for um bom empregado e só há um bom empregado com um bom patrão. Há um jogo e as pessoas não podem trabalhar contra o seu patrão. Têm de trabalhar em conjunto. É preciso emigrar? Então vamos lá! Já foram muitos antes de nós. E também vieram muitos estrangeiros para Portugal porque, na altura, este era um país de oportunidades.

Isso que me está a dizer significa que concorda com as novas medidas?Não, não. Mas que alguma coisa tinha de ser feita, isso tinha. Se são estas medidas que vão resolver, não sei. Não podemos criticar o governo por fazer alguma coisa, porque tinha de o fazer. Se é o certo, não sei. Só daqui a algum tempo é que vamos ver se estas medidas são as certas ou erradas. O governo tem de fazer alguma coisa. O governo e nós.

Os portugueses têm de ser mais responsáveis?

Têm de ter noção dos seus deveres, de que há alturas de crise e de prosperidade. Nestas se calhar ganhamos mais por cada meia hora de trabalho extraordinário, nas de crise, se calhar, não podemos sequer ganhar por essa meia hora.


http://www.jn.pt/revistas/ntv/Interior.aspx?content_id=2848119

João Lisboa said...

Quem é a Cristina Ferreira?