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"Entre os aranda da Austrália Central, uma das funções dos xamãs era garantir que os eclipses seriam temporários - era um trabalho bastante invejável. E uma vez que a maioria das doenças é, tal como os eclipses, temporária, a intervenção média normal do xamã tem também uma grande possibilidade de sair beneficiada. (...) Mesmo considerando esses aspectos na preservação da reputação prática do xamã, a fé mesmo no mais reputado de entre eles não é totalmente cega.(...)
A noção de que a força do xamã aumenta e diminui permite à sociedade testemunhar o falhanço repetido sem questionar a ideia do poder xamânico em si mesma. É espantosamente semelhante ao que se passa hoje em dia com a bolsa de valores: quando um analista de valores mobiliários famoso faz uma série de más apostas, diz-se que perdeu o jeito e procura-se outro que não o tenha perdido, ao invés de questionar a noção de que o seu 'jeito' nunca passou de uma série de apostas com sorte". (Robert Wright, A Evolução de Deus)
(2011)
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