COMO É BELA, JUSTA E BOA A ALTERNÂNCIA DEMOCRÁTICA!... (ou, mais correctamente, o alterne democrático)
(2011)
12 comments:
Cuidado com os paralelos
said...
Se eu disser que para o ano vou de férias para o Algarve e depois não for porque, digamos, as finanças só me permitiram ir até à Costa da Caparica, não estive a mentir. Mas se disser que vou hoje, e meia hora depois partir para a China, estive de facto a mentir.
Não compares o incomparável. Dentro de pouco tempo irás fazer a ti mesmo a seguinte pergunta. "No tempo de Sócrates vivia melhor ou pior?". A tua resposta será mais que esclarecedora. A menos que inventes...
Não sou eu que comparo. Os factos são autoevidentes.
E claro que, no tempo de Sócrates, vivia melhor. E, no de Santana Lopes, melhor do que no de Sócrates. E, no de Durão Barroso, melhor do que no de Santana. E, no de Guterres, melhor do que no de Durão. E por aí fora.
Boa tarde, «E claro que, no tempo de José, vivia melhor. E, no de Pedro, melhor do que no de José. E, no de José, melhor do que no de Pedro. E, no de António, melhor do que no de José. E por aí fora.»
Portanto... o paralelo é enganador, porque um mentiu muito pouco e o outro mente com quantos dentes tem e mais alguns.
Os factores essenciais da distinção são: 1) o tempo que medeia entre o anúncio / previsão e a sua anulação, parcial ou total, e 2) a existência ou não de mudanças circunstanciais que determinem essa anulação.
Daí a absoluta necessidade dos (inexistentes) desvios colossais que pudessem ser imputados ao anterior governo.
A verdade,como a tua tia, pá [*], pode ser sonsa; mas não passa a mentira por isso. É só examinar as datas e as causas circunstanciais, i.e. os factos no seu contexto, para nos apercebermos disso.
"É só examinar as datas e as causas circunstanciais, i.e. os factos no seu contexto"
É verdade, o contexto é tudo: o homem era um santo, quem nunca errou que atire a primeira pedra, ainda vamos ter muitas saudades, atrás de mim virá quem bom me fará, vão arrepender-se muito do mal que lhe fizeram, deusnossosenhor o preserve, se eu soubesse o que sei hoje, ninguém diga que está bem, uma rosa é uma rosa é uma rosa, perdoar é uma virtude, tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado.
12 comments:
Se eu disser que para o ano vou de férias para o Algarve e depois não for porque, digamos, as finanças só me permitiram ir até à Costa da Caparica, não estive a mentir. Mas se disser que vou hoje, e meia hora depois partir para a China, estive de facto a mentir.
Portanto?...
Não compares o incomparável. Dentro de pouco tempo irás fazer a ti mesmo a seguinte pergunta. "No tempo de Sócrates vivia melhor ou pior?". A tua resposta será mais que esclarecedora. A menos que inventes...
Não sou eu que comparo. Os factos são autoevidentes.
E claro que, no tempo de Sócrates, vivia melhor. E, no de Santana Lopes, melhor do que no de Sócrates. E, no de Durão Barroso, melhor do que no de Santana. E, no de Guterres, melhor do que no de Durão. E por aí fora.
Suponho que é aquilo a que se chama "pugresso".
Boa tarde,
«E claro que, no tempo de José, vivia melhor. E, no de Pedro, melhor do que no de José. E, no de José, melhor do que no de Pedro. E, no de António, melhor do que no de José. E por aí fora.»
John, I'm only dancing.
Cmps,
José
Portanto... o paralelo é enganador, porque um mentiu muito pouco e o outro mente com quantos dentes tem e mais alguns.
Os factores essenciais da distinção são: 1) o tempo que medeia entre o anúncio / previsão e a sua anulação, parcial ou total, e 2) a existência ou não de mudanças circunstanciais que determinem essa anulação.
Daí a absoluta necessidade dos (inexistentes) desvios colossais que pudessem ser imputados ao anterior governo.
"um mentiu muito pouco e o outro mente com quantos dentes tem e mais alguns"
"Um mentiu muito pouco" é das frases mais sonsamente lindas que já li!...
Aliás, em rigor, deveria escrever-se "um, por fugaz desatenção, de forma absolutamente involuntária, tropeçou numa ou duas inverdades".
If that's all there is my friends, then let's keep dancing
Cmps,
José
A verdade,como a tua tia, pá [*], pode ser sonsa; mas não passa a mentira por isso. É só examinar as datas e as causas circunstanciais, i.e. os factos no seu contexto, para nos apercebermos disso.
[*] Sim gosto de citar os clássicos.
"É só examinar as datas e as causas circunstanciais, i.e. os factos no seu contexto"
É verdade, o contexto é tudo: o homem era um santo, quem nunca errou que atire a primeira pedra, ainda vamos ter muitas saudades, atrás de mim virá quem bom me fará, vão arrepender-se muito do mal que lhe fizeram, deusnossosenhor o preserve, se eu soubesse o que sei hoje, ninguém diga que está bem, uma rosa é uma rosa é uma rosa, perdoar é uma virtude, tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado.
Ah... e a minha tia manda beijinhos.
Mas alguém pensava que eram diferentes? ainda bem que existe o Leandro.
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