19 June 2011

NÃO PODIA ESTAR MAIS DE ACORDO






















"Falta descobrirmos todos juntos o que é a interssexualidade e porque ela é tão importante para mudar o mundo. Falta descentralizar o desejo e a sexualidade ostensiva da beleza única e demonstrar que os feios, as gordas, os manetas, os rastas, as velhas, o lingrinhas, a bruta, o motoqueiro, as punks, os cegos, a surda, o ruivo, as ciganas, a avozinha, os japoneses são seres sexuais. Falta um ministro gay assumido. Falta uma procuradora-geral da república lésbica assumida. Falta um governador do banco de Portugal transsexual. Falta um guarda-redes do Porto casado com um lateral do Sporting". (aqui)

... e, se me deixassem, acrescentaria ainda a poliginia e poliandria, o direito ao casamento interespécies e entre humanos e objectos, a necrofilia, o reconhecimento pela Vaticano S.A. das práticas BDSM como sacramento cristão (bem, isso, na prática, até já existe...) e mais três ou quatro que, de momento, não me ocorrem. E estou a falar a sério.

Mas parece-me que, antes de mais, o Dr. Bruno Maia (dirigente do Bloco de Esquerda) deveria ter uma conversinha com aquele seu camarada que, aqui há tempos, num debate, invectivava o adversário nestes termos:
"O senhor não sabe o que é gerar uma vida. Não tem a mínima ideia do que isso é. Eu tenho uma filha. Sei o que é um sorriso de uma criança. Sei o que é gerar uma vida”.

(2011)

5 comments:

Anonymous said...

Fora do contexto, a frase do camarada da Dr Bruno Maia é muito cretina, mas, no debate em causa, a pessoa a quem foi dirigida estava mesmo a pedi-la (e olhe que eu tb não tenho filhos...).
Faleceu o Clarence Clemmons. Em sua homenagem e para nosso deleite, será que o JL poderia publicar um tubo com uma actuação memorável, na E-Street Band ou fora dela?

João Lisboa said...

"no debate em causa, a pessoa a quem foi dirigida estava mesmo a pedi-la"

Desenvolva sff.

Ana Cristina Leonardo said...

sou eu, ou o mundo está a ficar muito confuso?

João Lisboa said...

Confuso mas sempre horrivelmente maravilhoso. Por mais que me esforce, nunca me aborreço.

Ana Cristina Leonardo said...

não é aborrecimento, é mais dor de cabeça
-:)