O formidável Mendes Bota foi a Beja para "conhecer a dimensão" da exploração de imigrantes no Alentejo, poeticamente classificada como desenhando "zonas de penumbra entre o trabalho escravo e não-escravo". E "foram-lhe comunicados diversos casos de exploração de imigrantes romenos e búlgaros".
Nas comemorações do aniversário do filho do Panthera, estes bons sentimentos caem sempre muito bem. A realidade é que, muitas vezes, é um estorvo tramado: "A representante em Beja da Autoridade para as Condições de Trabalho disse ter dificuldades em intervir no terreno, alegando que o serviço 'não tem dinheiro para pagar a intérpretes' que falem romeno ou búlgaro". E, sem intérpretes, não se pode fazer nada, não é?... (daqui)
Mas, que raio!... pelo menos, o problema está identificado. Ou, como diria a Patience Kershaw, das Unthanks, "I praise your good intentions, Sir, I love your kind and gentle heart, but now it's 1842, and you and I, we're miles apart. A hundred years and more will pass before we're standing side by side, but please accept my grateful thanks. God bless you Sir, at least you tried". Embora, 168 anos depois, só muito, muito duvidosamente, a Patience seria tão grata e paciente...
(2010)
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