26 December 2010

2010 - PRÉMIO "EXPO NOIVAS"

Pedro Arroja























"Portugal é um país de cultura católica e nesta cultura é central a ideia de Verdade. Os católicos acreditam que acerca de cada coisa da vida existe uma Verdade, podendo embora coexistirem imitações e até falsificações da verdade. A Verdade torna-se a norma em relação à qual todas as imitações são avaliadas, e as falsificações descobertas, e está num plano superior a elas. Assim, por exemplo, o verdadeiro vestido de noiva é branco. É claro que as noivas se podem vestir de azul ou amarelo, mas essas são imitações do verdadeiro vestido de noiva, que é branco. O vestido branco de noiva encontra-se num plano superior a todos os outros". (aqui)

(2010)

4 comments:

Ванесса said...

Acho que, no limite, Platão concordaria com o fabuloso raciocínio do Pedro Arroja (é muito tentador, mas não passo por lá, ainda me arrisco a estragar-lhe mais posts!).

João Lisboa said...

Desenvolva, desenvolva...

Ванесса said...

Só me lembrei de acrescentar que as linhas de orientação e de pensamento deste Pedro são "arrojadas", mas a piada é tão fácil que me pareceu de baixo nível.

Quando o Pedro Arroja continua, dizendo que "No catolicismo existe a Verdade e tudo o resto são imitações ou falsidades" ou "O protestantismo negou que o catolicismo tivesse a Verdade, e acabou a considerá-lo uma mera opinião sobre a interpretação das Escrituras, com o mesmo valor de qualquer outra" sou levada a crer que o autor de Portugal Contemporâneo andou a estudar muito bem o Mundo das Ideias, vê-se claramente que os protestantes estão em vez de "sofistas" e do lado do mundo "sensível". Se se mudarem alguns termos parece que estamos a ler A República, foi o que quis dizer... mas com analogias à cor dos vestidos de noivas tudo isto se torna deliciosamente arrepiante (como aquelas fotografias dos "coelhinhos da Páscoa")...

João Lisboa said...

:-)