17 May 2010

BICÓZE DIZE ECT IZAECT DETUIDU (V)
(a pedido de duas famílias na caixa
de comentários do post anterior)




You can sail on a ship by yourself,
take a nap or a nip by yourself.

You can get into debt on your own,
there's a lot of things that you can do alone

But ...

Takes two to tango, two to tango,
two to really get the feeling of romance.


You can haunt any house by yourself
Be a man or a mouse by yourself
You can act like a king on a throne

There are lots of things that you can do alone

But...

Takes two to tango, two to tango
Two to really get the feeling of romance




(2010)

8 comments:

Unknown said...

"Pensei em usar o meu melhor "portunhol"!
Lol, este tipo não existe.

Imagino a galhofa nos políticos e jornalistas espanhóis (à semelhança do regabofe de há uns anos com outros políticos europeus a propósito do seu "inglês técnico".)

João Lisboa said...

"o regabofe de há uns anos com outros políticos europeus a propósito do seu "inglês técnico"

Mas é, justamente, o "bicoze dize ect izaect detuidu":

http://lishbuna.blogspot.com/2008/02/bicze-dize-ect-izaect-detuidu-o-chamado.html

Unknown said...

Ahhhhhhhh, claro!

Nuno Pinto da Cruz said...

"Imagino a galhofa nos políticos e jornalistas espanhóis"

Ah, o velho sindrome provinciano do intelectual com complexos. How portuguese. O Socrates fala provavelmente melhor espanhol que a esmagadora maioria dos espanhois fala português e conseguiu comunicar. Ah, e é capaz de não ter um inglês perfeito. E depois?

Espécie de snobismo de classe tipico de um pais sem mobilidade social.

Perguntem ao Sarkozy, ao Gordon Brown, ao Zapatero: quantas linguas dominam? E com que sotaque?

João Lisboa said...

Ninguém está a inventar coisa nenhuma. A galhofa (original) está aqui:

http://lishbuna.blogspot.com/2008/02/bicze-dize-ect-izaect-detuidu-o-chamado.html

E esse "é capaz de não ter um inglês perfeito" acaba de arrebatar o prémio de eufemismo do ano.

"E depois?"

De facto, em abstracto, nada. O françugês de "notre ami" Soares também era assaz pitoresco e foi apenas pretexto para piadas amáveis. Acontece que, no caso em apreço, tudo é absolutamente consistente com o estilo de troca-tintas espertalhaço, de Oliveira da Figueira trafulha, de projectista envergonhado de "maisons", de diplomado problemático por universidade, entretanto, justissimamente encerrada. Só isso.

Nuno Pinto da Cruz said...

Eu acho o episodio do mau inglês ou espanhol do Socrates tão revelador do personagem (que se pode atacar de muitos ângulos) como do sempiterno complexo de inferioridade português face ao 'estrangeiro'. Como se o nivel linguistico do homem fosse assim tão escandaloso. A coisa pode parecer divertida durante alguns segundos: até se chegar à conclusão que, à parte alguns iluminados pelo deus linguista, toda a gente é obrigada a passar por um 'broken english', 'broken french' ou outra coisa qualquer. Apenas isso.

João Lisboa said...

Pois. Como eu expliquei no comentário anterior, não tem nada a ver com isso.

Unknown said...

Hoje estive numa reunião em Espanha (Valladolid) com colegas de profissão espanhóis. No intervalo do trabalho, a meio do café e de uns bolinhos, os espanhóis trazem à baila o espanhol de Sócrates. E pude constatar, in loco e presencialmente, o tal regabofe que falei. Todos foram unânimes em referir a total falta de preparação do PM para falar espanhol. Não foram apenas alguns "lapsus linguae" inocentes, foram inúmeros erros gramaticais, traduções à letra, más construções frásicas, péssima pronúncia, etc (já os Gato Fedorento tinham feito um sketch sobre uma anterior intervenção do PM em espanhol).

Teria sido bem mais digno Sócrates dirigir-se aos políticos e jornalistas em português e alguém tecnicamente preparado fazer a tradução em tempo real. Qual seria o mal? Mas não. Já alguém viu o Zapatero ou o Aznar falar em português e fazer figuras destas?

O espanhol (castelhano) é uma língua muito traiçoeira - dá a sensação que é fácil e que qualquer português a consegue dominar oralmente porque a compreendemos, foneticamente é semelhante, algumas palavras idem, então basta mudar a pronúncia e está feito. Nada mais errado. Dou o meu exemplo: vivo na Guarda há 25anos, perto de Espanha. Toda a vida me habituei a ver TV espanhola, a ouvir rádio e a ler revistas espanholas. Leio e entendo o espanhol quase tão bem quanto a língua portuguesa. Mas apesar disso, atrevo-me apenas a comunicar com algumas frases em espanhol das quais tenho absoluta certeza que estão, gramaticalmente correctas. Isto porque sei que ler é uma coisa, falar é outra totalmente distinta. Amigos meus que tiraram o curso em Universidades espanholas dizem o mesmo: pensavam que seria fácil a adaptação à língua, mas depois esbarraram em inúmeras dificuldades.

Mas o nosso PM acha-se poliglota, na presunção que se expressa bem e depois cai no ridículo. O Guterres domina na perfeição o francês e o inglês; o Sampaio idem. O Cavaco o inglês. Nunca foram alvo de chacota por parte dos estrangeiros. Por fim, a minha dúvida é esta: o Sócrates não terá um staff de assessores suficientemente corajoso para o aconselhar sobre este tipo pueril de comunicações em língua estrangeira?