26 October 2009

FOLKLORE CENTER IS THE PLACE FOR ME



Tim Buckley - Live At The Folklore Center, NYC, March 6, 1967

É Fevereiro de 1967 e Tim Buckley entra no Folklore Center, no número 321 da Sixth Avenue, onde Izzy Young – que não o conhece e nunca o ouviu – o recebe. Izzy Young é uma personagem do folk-revival para quem Bob Dylan, em 1962, escrevera um poema: “You get a bumper and I'll get a fender, we'll go down to the Folklore Center, you get a daft and I'll get dizzy, we'll go down to see old Izzy, what did the fly say to the flea, Folklore Center is the place for me”. Young, Buckley e a namorada, Janie, conversam, Izzy oferece-lhes o pequeno almoço.


"Sing A Song For You" (1969)

Continuando sem o ter escutado a cantar ou tocar uma única nota, convida-o para fazer um concerto: “Já falámos durante horas e já te conheço o suficiente. Nunca faço audições”. No mês seguinte, perante um importante público de 35 pessoas, o gravador Nagra que Izzy costumava emprestar a amigos para recolher música popular “genuína”, regista as dezasseis canções que Tim Buckley interpreta. Quarenta e dois anos depois, com seis inéditos absolutos, o objecto não é apenas histórico mas também musicalmente magnífico: a poucas semanas de distância do monumental Goodbye And Hello, Buckley, apenas voz e guitarra, às portas do céu, num cubículo de Manhattan.

(2009)

6 comments:

Táxi Pluvioso said...

Também digo a mesma coisa. A música portuguesa é folclore, o fado que que esse título é chinfrim da mangalaça de Lisboa (Coimbra não conta. Doutores vestidos de saias, enfim!).

João Lisboa said...

Agora, em português, sff.

Táxi Pluvioso said...

Ó diabo repeti "que", deveria ser "o fado que reclama esse título".

O fado não é A música portuguesa, é um subgénero goelado em Lisboa, é A música de Lisboa, A música portuguesa é corridinho, malhão etc.

João Lisboa said...

"é A música de Lisboa"

Aparentemente, não será exactamente verdade. Mas ainda continuo à espera da obra - já está há uns anos no forno - que o haverá de demonstrar.

Táxi Pluvioso said...

Não é preciso obra. Basta sair de Lisboa e vê-se on de está o fado.

João Lisboa said...

We'll see.