05 September 2009

JÁ LI VÁRIAS VEZES.
ISTO É ABSOLUTAMENTE DEMENTE.
ISTO É UM CASO CLÍNICO.
ISTO É TUDO VERDADE.
ISTO É MUITO BOM.




Mas sabe que a classe jornalística que a critica diz de si, precisamente o contrário, que é pouco séria...

[pausa] Aquilo que é idiota na classe jornalística que me critica é que só se preocupa com o que é acessório. "Os trejeitos, porque ela faz opinião, porque um jornalista não deve ir para ali confundir opinião com jornalismo" [enquanto enumera as críticas que lhe fazem, faz uma voz de falsete]. As mesmas pessoas, em seguida, fazem os maiores fretes possíveis aos políticos, deixam para trás as coisas que são importantes, são capazes de estender o microfone sem os confrontar com o que quer que seja. Têm medo. São cobardes. Cobardes até à última. Porque no fundo, no fundinho, o que eles queriam ser era Luíses Bernardos, Damiões [ambos assessores de imprensa]. Andarem ali com as pastinhas deles. Babam-se com os políticos. Babam-se com os Sócrates deste país.

Há gente dessa na televisão?

Na televisão, nos jornais. Claro que há. Em todos os órgãos de comunicação. Babam-se. E passam-se, para não dizer outra palavra mais grotesca, quando um político lhes liga. "Que bom, ligaram-me. Que importante que eu sou" [e volta a fazer voz de falsete]. E aquela ligação telefónica passa a ser um veículo para o político e não para o jornalista. Você acha normal que o primeiro-ministro apresente uma iniciativa cinco vezes e que nenhum jornalista tenha a coragem de dizer que ele já apresentou aquilo cinco vezes? Nada. Porque essa gente é incapaz de perguntar, é incapaz de pensar. (entrevista completa aqui)

Texto de apoio adicional: O PS de Sócrates é contra a liberdade (Eduardo Cintra Torres)

(2009)

3 comments:

Táxi Pluvioso said...

A Manocas já foi cantada.

Tanta coisa e afinal um clone da Jornalista (com letra maiúscula, claro) apresentou o jornal com a mesma isenção e profissionalismo, tudo documentado em fontes que "não podem dar a cara". E, finalmente, entrou em cena o gordo. Nestas situações há sempre um gordo. No Padrinho, nos Sopranos ele é o centro de gravidade. O que quer dizer que o caso friporte está perto da conclusão.

Os jornalistas têm uma função especifica: cuidar do dono. O exemplo clássico do jornalismo é o Caso Watergate, onde dois otários do Washington Post foram manipulados para demitir Nixon.

Táxi Pluvioso said...
This comment has been removed by the author.
Táxi Pluvioso said...

É ela que leva a nossa querida bandeira?