08 September 2009

DA "PAIXÃO" DO OUTRO ÀS "NOVAS OPORTUNIDADES",
COM LICENCIATURAS NA "INDEPENDENTE" PELO MEIO




Desemprego de jovens qualificados é mais alto em Portugal

As diferenças entre Portugal e os outros países

Quase um milhão de analfabetos em Portugal

Pais avaliam escolas: ensino está demasiado fácil

... mas... oh surpresa!... Dados da OCDE não reflectem realidade, diz governo

(2009)

7 comments:

Beep Beep said...

Se 99.999999999% dos anúncios que aparecem nos jornais para empregos qualificados pedem experiência de 3-5 anos. Se a mentalidade do empresário é "A formação, os outros que dêm." Se o que interessa é quem se saiba desenrascar e vender, mesmo que por métodos pouco recomendáveis. Se noutros sítios se prefere pagar salários baixos, recrutando gente pouco qualificada. Se a maior fonte de recrutamento e turnovers são os call-centers, que não dão nenhuma estabilidade ou esperança de futuro, e não passam de uma panaceia. Então qual é a surpresa?

João Lisboa said...

Nenhuma. Mas ainda bem que "os dados não reflectem a realidade".

margarete said...

oh pá, João, não me parece nada bem a maneira como apresentas os links e depois o "... mas... oh surpresa!..."

(não tenho competência/conhecimento para debate político nem tenho simpatias portanto o meu comentário é isento desses pontos - fique registado)

o que me salta da leitura dos artigos, assim de repente é:

#1 parece-me lógico não esquecer que talvez o desemprego de jovens qualificados seja mais um problema dos empresários do que do min_educação

#2 Portugal gasta mais €€€ nos salários nos profs do que os outros países... hmmm

#3 sim, é muito chocante que tenhamos 1 milhão de analfabetos, mas tb. não considero honesto comparar o analfabetismo de adultos (resultado do passado) com o analfabetismo actual de crianças

#4 «Todos são unânimes: os resultados destas políticas só serão visíveis daqui a alguns anos. "Brinca-se demasiado à educação. Acho que ainda nenhum ministério da educação acertou. É preciso dar tempo à implementação das reformas. Não se vê os resultados de uma reforma em quatro anos"» - a porcaria é sempre a mesma, quando se começam a implementar medidas de um governo vem outro com novos projectos, sinceramente acho aí está um dos grandes problemas

#5 «"o impacto das políticas e todo o trabalho que tem sido desenvolvido" pelo actual Governo "não está ainda reflectido no documento, uma vez que este se baseia em dados que vão desde 2003 a 2007".» se é assim mesmo, onde está a ironia do governo afirmar que o relatório não reflecte a actualidade actual?

explica-me pf, sou toda ouvidos

João Lisboa said...

Agora, não tenho tempo. Mais logo. E dá para um tratado.

João Lisboa said...

Ora bem:

1) Claro que sim. A qualificação é que já poderá ter a ver com o ME. O caso das

2) So what? A questão é: gasta-os com professores devidamente qualificados ou em gente formada de aviário nas ESEs e Piagets?

3) Ui, o "passado"... o analfabetismo de adultos - digamos, gente actualmente, entre os 40 e 70 - é o analfabetismo de pessoas que, há 35 anos (i.e. desde o 25A), tinham entre 5 e 35 anos. Houve todo esse tempo para sucessivos MEs resolverem o problema. E, como "passado", há que reconhecer que é bastante recente. Não é bem, bem, o espectro da "longa noite"...

4) Mas "os resultados destas políticas" já estão muito visíveis AGORA! Não viste a felicidade da Milu? Não custa nada. É só baixar as fasquias até ao menor múltiplo comum, atemorizar os profs com a ideia de, que com muitas negas, não terão vida fácil, eliminar essa ideia obsoleta das "faltas" e a estatísticas ficam, instantaneamente, mais reluzentes que a dentadura do Portas.
(e, se voltas a escrever "implementar", faço aqui uma peixeirada)

5) É verdade. Não reflecte ainda. E "a realidade actual" ver ponto anterior) é aterradoramente linda.

Et voilá (em versão abreviada; o tratado só mesmo face to face).

João Lisboa said...

Errata do ponto 1 (é o que dá escrever com telefonemas pelo meio): "O caso das NO também é para aqui chamado".

margarete said...

possas, a ideia que eu tinha era de analfabetismo em gente >50 anos (que havendo casos de idade menor seria excepcional)(agora, não sei onde fui buscar essa info :/, hei-de ber...)

criticas o facilitismo e a satisfação com a mediocridade, eu tb.

disse que me parecia mal a construção do post (agora desculpa-me tu, pronto) e nem foi provocatório pq sabes que eu não tenho talento para ser provocadora

comentei o ordenado dos profs pq tenho inveja dos ordenados e da vida dos profs

tudo o resto que disse foi mesmo pq achei uma ligação demasiado fácil e batida, esquecendo outros pontos da realidade (por isso comentei os empresários e os anos de governação* versus os contemplados no estudo)
perdoa, já só leio facciosismo em todo o lado

*faltou-te lembrar-me que, desde '95 tivemos governação PS em cerca de 90% do tempo pelo q o estudo acaba por contemplar o mm tipo de políticas, pá!












p.s. implementar! implementar! implementar!