13 April 2009

O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS (XII)

Joaquim Jorge




Já por diversas vezes referido como um dos faróis intelectuais que, mensalmente, iluminam as páginas da "Revista Plenitude" (esse felicíssimo matrimónio entre a IURD e a Sonae via-"Público"), Joaquim Jorge - fundador do Clube dos Pensadores -, "numa sala repleta de comunicação social, onde meio milhar de pessoas acorreu a matar a curiosidade de longa data sobre a obra", procedeu ao lançamento do livro que ostenta o nome da sua tertúlia público/privada. "Foi uma noite de glória para o inconformista pensador que tem tido a ousadia de discutir em público os tabus do nosso quotidiano".



Mas quem é, afinal, Joaquim Jorge? "Militante descontente do Partido Socialista, cuja filiação foi proposta por José Sócrates, Joaquim Jorge entregou recentemente o cartão, para se demarcar da disciplina partidária e poder continuar, de suas próprias palavras a 'ousar pensar'. Contundente e sempre muito atento, foi afirmando a sua posição e é hoje objecto de notícias permanentes na maior parte dos órgãos da comunicação social portuguesa. Criou um espaço público de debate de ideias que é inédito na sociedade ocidental contemporânea, para que tem convidado personalidades de incontornável preponderância na gestão dos destinos nacionais. Disso é exemplo Pedro Santana Lopes, que escreve o prefácio do livro e esteve presente". Versátil e multifacetado, "da política ao ambiente, do desporto à mulher, todos os temas importantes têm encontrado lugar no espaço do Clube, que existe já também na televisão, na rádio e num blogue de grande movimento".



Dessa noite de glória e consagração ficaram na memória dois momentos particularmente significativos:"Joaquim Jorge, em mais uma das suas frases que ficam para a memória colectiva, fez esta extraordinária - mas lúcida - observação: 'Neste momento, escrever um livro á uma banalidade, já que há mais pessoas a escrever livros que a lê-los!'"; o outro (continuando a citar a mesma fonte), "veio (que surpresa...) de Santana Lopes, quando comparou Joaquim Jorge a Barack Obama... fiquei a pensar - e com isto concluo - que, se não sabemos bem ainda o que esperar exactamente do novo presidente americano, de Joaquim Jorge não tenho qualquer dúvida: não vai concretizar, nunca, a ameaça que às vezes faz de acabar com o Clube dos Pensadores, mas continuar, cada vez mais vivo, a garantir o espaço único de debate cívico e livre pensamento a que habituou já o país!"


Funcionária da Loja do Cidadão de Faro

Dos mais recentes posts do blog do Clube, é de citar a posição desassombrada e, porventura, libertária que assumiu a propósito do "dress code" imposto às funcionárias das Lojas do Cidadão de Faro, no qual se proíbem mini-saias e decotes abissais: "Ver parte de pernas e seios é muito agradável, faz bem ao olhar e à mente".

(2009)

9 comments:

Anonymous said...

Nada como o pensamento e grandes pensadores. Se a loja do cidadão cá de Viana fosse como a de Faro eu próprio ficava a "pensar" em ir lá resolver as minhas burocracias.

fallorca said...

João, olha o piar da gralha: «escrever um livro á uma banalidade».
Quanto às burocracias, aproveito ter de renovar a carta e vou a Faro, com bom faro, espero... fiufiufiu...

João Lisboa said...

Custa-me a entender por que motivo o último parágrafo do post tem sido tão sobrevalorizado relativamente ao que mais importa: o pensamento de Joaquim Jorge!

Clube dos Pensadores said...

Agradeço a citação de uma noticia da revista Perspectiva e do post sobre a indumentária.

Reafirmo que a forma como alguém se veste não tem haver com o seu profissonalismo e carácter mas...

Gostei do blogue .

Cumprimentos

JJ

João Lisboa said...

Claro que não tem nada haver.

fallorca said...

A ver vamos, fiufiu...

boizinho said...

Isso haver vamos...

Lola said...

O que mais me entusiasmou foi a "ousadia de discutir os tabus do cotidiano em público".

Fico às vezes imaginando se esses "faróis intelectuais" estão se disseminando pelo mundo ou se são exclusivos do pequeno mundo que fala português.

Anonymous said...

Havemos Papa