13 March 2009

VIGÉSIMO OITAVO COMUNICADO DO C.A.L.A.
(Comité de Apoio a Laurinda Alves)




Notas de campanha, frémitos existenciais, ainda e sempre o teatro e o regresso do frio granítico - a candidata Laurinda sofre e é acometida por cúmulos de nervos mas, bafejada pelo caloroso hálito do povo, semeia esperança, reflecte sobre a natureza humana e a dos automóveis, escuta diálogos que representam monólogos, fica a conhecer a realidade e, de Fátima para o mundo, trilhando os novos caminhos de Santiago, já vê Bruxelas, lá ao longe



"Os humanos procuram o sucesso mas geralmente não sabem viver. Eis uma das frases inaugurais de uma peça de teatro que o grupo A Fauna apresentou ontem ao serão em Fátima. (...) Muitos diálogos representam (ou espelham) monólogos que mantemos connosco mesmos. Na peça cada actor é um bicho de cada vez e é muito cómica a maneira como caricaturam a natureza humana... 'Na sua maioria, os bichos não sabem que são bichos. Os humanos sabem que não são bichos, mas evitam falar do assunto. Os outros bichos só vivem o que há para viver. Não fracassam. Os humanos procuram o sucesso e, geralmente, não sabem viver'. Estas frases revelam muito do que é dito na peça mas o teatro vai muito mais longe e é muito mais profundo".



"Estou a voltar a Lisboa, depois de três dias intensos vividos na Guarda, em Viseu, Lamego, Arganil, Oliveira do Hospital e Sabugal. Um tempo de privilégio mas também um tempo exigente marcado por visitas, conferências e encontros em cada uma destas cidades, onde fico a conhecer a realidade. Na Guarda estava um frio granítico e à tarde levantou-se um vento gelado, cortante, que me deixou mais ou menos K.O. com uma constipação quase tão monumental como esta Sé. (...) O frio da Guarda marcou-me sempre por estar muito associado a estes tempos de vida da minha família e desta vez o vento gelado trouxe-me mais uma vez a nostalgia de um tempo que eu não vivi mas que também me estrutura e faz ser a pessoa que sou. São muito giros os caminhos da vida".



"Vendi o meu carro porque já não precisava dele como antes e porque me atrapalhava a vida de muitas maneiras. Grande demais para ruas tão pequenas, dava trabalho a pôr e tirar da garagem. Quase todos os meus dias acabavam num cúmulo de nervos e frustração pelos carros mal estacionados que impedem de circular em certos bairros da cidade e decidi acabar com este filme diário. Por outro lado gosto de andar de Metro e de certa forma gosto da liberdade de não estar particularmente ligada a bens materiais. Vendi-o a um amigo e achei que nunca mais ia pensar no assunto. E não pensei até ao dia em que estando no Norte, muito longe deste drama do trânsito de Lisboa, recebi um sms que dizia: mãe, vi o nosso carro hoje e fez-me impressão". (pensamentos integrais)

Nota: saudamos militantemente o G.A.L.A. (Gabinete de Apoio a Laurinda Alves), nova emanação da sociedade civil que também acredita que "MELHOR É POSSÍVEL!"

(2009)

3 comments:

Unknown said...

Coitada, não se adaptou ao frio da Guarda!...

João Lisboa said...

Foi uma provação que serviu para demonstrar - se isso fosse ainda necessário - como a candidata Laurinda é capaz de sofrer para levar a Boa Nova ao povo serrano.

fallorca said...

Serrano, mas sem o serrar, suponho