DO BEM E DO MAL
June Tabor - Apples
June Tabor joga às escondidas connosco: dá ao seu último álbum o título Apples, na primeira página do “booklet”, entrega-se a um jogo de associação livre em torno da palavra “apple” e, depois, oferece-nos mais uma admirável colecção de interpretações de temas da tradição britânica, da Idade Média francesa, originais de Andy Cutting, Jim Russell e Andy Shanks e poemas de Robert Burns onde (à excepção de “Au Logis de Mon Père”), mesmo investigando à lupa canção por canção, é pouco menos do que impossível enxergar a mínima relação com o mítico fruto que Adão e Eva não trincaram no Paraíso. Sim, porque só se quisermos ir, muito inviamente, por aí – apenas no sec. XIII o Fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal referido no Génesis começou a ser identificado com a maçã – descobriremos o muito Bem e o infinito Mal que, nestas doze melodias e textos, a voz de mil luzes e sombras de June Tabor (reclinada sobre o acordeão, violino, viola de arco, piano e contrabaixo de Andy Cutting, Mark Emerson e Tim Harries) nos dá a provar, qual Lúcifer apostado em nos seduzir para a transgressão e, assim, nos abrir as portas do acesso à divindade. (2007)
03 July 2007
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1 comment:
There's nane that's blest of human kind,
But the cheerful and the gay, man,
Fal, la, la, &c.
Here's a bottle and an honest friend!
What wad ye wish for mair, man?
Wha kens, before his life may end,
What his share may be o' care, man?
Then catch the moments as they fly,
And use them as ye ought, man:
Believe me, happiness is shy,
And comes not aye when sought,man
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