21 March 2025

LIMPAR O PÓ AOS ARQUIVOS (XCVII)

(com a indispensável colaboração do R & R)
 
 
(clicar na imagem para ampliar)
 
Kronos Quartet - "Misirlou Twist" (do álbum Caravan, na íntegra aqui)
 
Arz Nevez - "Gouel Ar C'Hranked" (do álbum Pevar En Avel, na íntegra aqui)

19 March 2025

A seita social-facha há-de ir parar à tumba com uma espinha ucraniana cravada na garganta

17 March 2025

O chefe estava apenas a ser "sarcástico"; mas o moço que tira as bicas é convictamente idiota
 
Edit (13:52) - ... e aqui reina, furioso, o delírio contra-"pc"

15 March 2025

 
(sequência daqui) E ele - que se reivindica de Raymond Carver, Sam Shepard, Randy Newman, Tom Waits e Shane MacGowan - admitiu-o de imediato: "Pelos meus 17 anos, tinha já lido 6 dos livros dele. Tornou a minha vida muito melhor. Tinha uma fotografia dele por cima da minha cama ao lado das dos Clash, Jam, Rank & File e X". O último álbum, Mr. Luck & Ms. Doom surgiu a partir de uma súplica de Amy Boone: "Por favor, escreve-me uma canção de amor como deve ser, em que ninguém morra nem tudo corra mal, ou acabo por dar em doida". Vlautin concordou e respondeu com uma história sobre um criminoso falhado e uma empregada de limpeza depressiva. E com todas as outras acerca das Lorraines, das Maureens ou da Nancy do "Pensacola pimp", embrulhadas com trastes "with a wife and kids, a left hook like Frazier and words that hit just as hard“.

12 March 2025

A NOSSA CIDADE EM RUÍNAS
Muito provavelmente, é um esforço inglório. Mas, mesmo que alguma esperança ainda exista, é obrigatório reconhecer que pouco resta tentar para que o mundo se aperceba do muito que tem andado a perder ao ignorar a belíssima obra de Willy Vlautin. Sim, o homem de Reno, Nevada, publicou já, desde 2007, 7 livros de "short novels" celebrados pela crítica e dois dos quais adaptados ao cinema (The Motel Life, em 2013, e Lean On Pete, 2017); com os Richmond Fontaine, entre 1994 e 2016, ofereceu-nos uma dúzia de riquíssimos álbuns - quem nunca tenha sequer tentado escutar The Fitzgerald (2005) não merece o ar que respira; e, nos Delines de Colfax (2014), The Imperial (2019) e The Sea Drift (2022), entregando às belíssimas nuances da voz de Amy Boone a missão de desocultar os vários recantos da narrativa, criou um universo tão intimamente pessoal quanto retintamente norte-americano. Ursula K. Le Guin chamou-lhe "um Steinbeck não sentimental que nos fala de quem, na realidade, vive hoje na nossa America, na nossa cidade em ruinas" (daqui; segue para aqui)