(sequência daqui) Após dois óptimos EP de aquecimento, New Long Leg revela por inteiro a personagem de uma bibliotecária arquivista da banalidade quotidiana, operando sobre a realidade como o faria uma tesoura dadaísta a partir de matéria-prima-Beckett, em neutro registo "sprechgesang" a escorregar para "spoken-word", algo como um "morphing" vocal de Kim Gordon e Laurie Anderson. Ela diz "I've come here to make a ceramic shoe, and I've come to smash what you made, I've come to learn how to mingle, I've come to learn how to dance, I've come to join the knitting circle" e o trio masculino – comandado na sombra pelo ubíquo John Parish – oferece-lhe uma moldura de enérgico pós-punk, pele, osso e nervo. Ela pergunta “Would you choose a dentist with a messy back garden like that? I don’t think so” e Dowse quase inventa uma melodia. Em menos palavras: “Do everything and feel nothing”.
Boa lavadaria.
ReplyDeleteGostei.
Óptima lavandaria.
ReplyDeleteÉ preferível "lavadaria". Já o disse Leite de Vasconcelos. Aliás, diz-se lavadeira e não lavandeira, não é?
ReplyDeleteNo óptima não podia concordar mais.
https://dicionario.priberam.org/lavanderia
ReplyDeletehttps://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/lavandaria
... fiquei na dúvida... o que é uma coisa boa.
Para me esclarecer, costumo usar "Dicionário de Erros Frequentes da Língua" e "Por Amor à Língua" de Manuel Monteiro e "Em Português, se Faz Favor" de Helder Guégués.
ReplyDeleteTomo nota. Obrigado.
ReplyDeleteManuel Monteiro, mais purista, mais normativo; Helder Guégués, mais aberto à mudança.
ReplyDeleteContinuando a tomar notas.
ReplyDeleteÀ óptima música que tenho conhecido e apreciado graças a si, tenho de contrapor qualquer coisa como moeda de troca.
ReplyDeleteJá que está a tomar notas, acrescente dois dicionários de dificuldades da língua portuguesa: o de Rodrigo de Sá Nogueira e o de Vasco Botelho de Amaral. Apesar de antigos, são (com um grande avanço) os mais citados dicionários neste campo. A eles recorrem frequentemente os autores referidos anteriormente e todos os restantes. E eu, que não sou autor de porra nenhuma.
ReplyDelete«Manuel Monteiro, mais purista, mais normativo; Helder Guégués, mais aberto à mudança.»
ReplyDeleteAinda bem que não incluiu o do Marco Neves, totalmente aberto (às vezes de forma particularmente obscena -- no pun intended) à mudança.
E para terminar: lavandaria, lavanderia ou lavadaria (de acordo com o Houaïss; o de José Pedro Machado falha neste termo).
ReplyDeleteTenho TPC para umas semanas. :-)
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