QUANDO A CRÍTICA DE MÚSICA RASTEJA
NAS "QUATRO LINHAS" DA FUTEBOLEIRICE
"Faltou a 'Três Cantos' * um Jorge Jesus. Alguém que conseguisse agarrar nas qualidades de três craques e os pusesse a jogar juntos, concentrados num único objectivo. Ora, as jogadas individuais (ou seja, os momentos em que eles actuaram a solo) foram sempre melhores do que o colectivo, onde falhou a táctica e faltaram os automatismos, com cada um a ler as letras dos outros, originando imprecisões constantes e interpretações mais frágeis do que os joelhos de Mantorras. Sonhava-se com um Barcelona. Tivemos de nos contentar com um Real Madrid". (João Miguel Tavares na "Time Out")
A seguir, virão, certamente, as dissertações sobre o futebol total em Wagner e o corte das linhas de passe em Schönberg.
(e, não, não é a degola das vacas sagradas que aborrece)
* concerto de José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto, na semana passada, no Campo Pequeno
(2009)
Ainda por cima, não é verdade. Se faltou alguma coisa ao concerto foi um som "à altura", pelo menos no primeiro dia (e eu até tive o privilégio de ficar na plateia).
ReplyDeleteNuno Santos
Céus, com tanta «erudição», como escapou a JMT que um campo de futebol tem quatro e não três cantos?... (é p'ró que dá... abyssus abyssum invocat no que toca a inspiração)
ReplyDelete"abyssus abyssum invocat"
ReplyDeleteFoi exactamente com essa frase que, há uns anos, pela primeira vez, anulei o voto.
:)
"Se faltou alguma coisa ao concerto foi um som "à altura""
ReplyDeleteEstava bastante mauzinho, estava.
... e esse Jorge Jesus, que faltou, é... obviamente o Tony Carreira.
ReplyDeleteHoje, no Correio da Manhã vem a notícia que finalmente lançou Portugal no futuro, não, não é mais um disco da Amália, nem a descoberta de petróleo no Arco do Cego, ou a "inflação zero". É esta: "porno star portuguesa está pronta para sexo anal". E, não vai contra as recomendações do Santo Padre, que desaconselha apenas directamente na boca. Are we os maiores or what?
Há dias em que é tão difícil continuar a gostar de ti, João Lisboa...
ReplyDeleteE depois é sempre a mesma merda, está-se preso por ter cão e preso por não ter, senão leia-se o que o JMT escreveu também: "Outro erro foi a fuga deliberada ao espectáculo greatest hits (...)". É certo que vocês têm de escrever para comer, mas porra e se tivesse sido só de hits?
ReplyDeletePronto, já percebi que tinha de ter bebido café para perceber tudo. Vou esperar para te ouler antes de degolar seja o que for e de ficar toda defensiva. :D Mas estou curiosa, confesso.
ReplyDeleteAlicinha, eu já bebi vários cafés mas não estou a ver bem por que motivo haverias de me degolar...
ReplyDeleteNão fui eu. Eu jamais te degolaria. Foi a Senhora Heide. Ela não gosta de café. Já a pus de castigo no gabinete do meu chefe.
ReplyDeleteAss.
Dra. Alice Jekyll
:)
ReplyDeleteA crítica do JMT consegue ser pior do que o concerto propriamente dito. É obra!
ReplyDeletePerguntinha indiscreta, aproveitando post de crítica musical... Jon Hassell? Teremos direito a comentário/crítica ao concerto, se é que teve oportunidade de o ver? Muito, muito gostava de ter ido, mas não pude...
ReplyDelete"Jon Hassell?"
ReplyDeleteNope, não fui.
Merci, quand même.
ReplyDeleteMas o concerto foi mesmo uma grande m*, pelo menos o de 6ª
ReplyDeleteJ. Pimenta