17 November 2018

"Podem dar as voltas que quiserem, mas as touradas são a exibição pública da tortura de um animal, que é esfaqueado para enfraquecer e depois, no caso das touradas de morte — que todos os defensores das touradas desejavam poder ter sem limitações —, ser morto. As touradas vivem do sangue, da dilaceração da carne, do cansaço até ao limite e da morte. Podem ter todos os rituais possíveis, ter toda a 'arte' de saracotear à volta de um bicho, mas as touradas não são uma arte, são a exibição circense de um combate desigual entre homens e animais, cuja essência é a sua tortura para gáudio colectivo" (JPP)

3 comments:

alexandra g. said...

e faz-se isto aos animais como se faz às pessoas (pergunto-me, com frequência, cá no meu interior, se será pela via da defesa da dignidade do animal que chegaremos à dignidade da pessoa, outro animal: honestamente, creio que não acontecerá dignidade alguma, a devida, a quaisquer animais).


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não me perguntes por que razão ainda acredito que muito mudará, terá que mudar, mas também terá que acontecer algo de mui drástico, só assim...

João Lisboa said...

"muito mudará, terá que mudar, mas também terá que acontecer algo de mui drástico, só assim..."

Neste caso particular, sou mesmo da opinião contrária: é de continuar, persistentemente, a corroer a pedra e - se não houver recuos globais imensos, o que não é impossível... mas vamos confiar que não - o tempo encarregar-se-á o resto do trabalho.

Noutras questões, a música é diferente.

alexandra g. said...

mas, afinal, concordas comigo, vendo bem.