30 September 2014

LIGAÇÃO ÀS MASSAS (VI)

"Jardins Proibidos não é apenas a novela da TVI em que o actor Francisco Côrte-Real encarna a personagem Zeca dos Hambúrgeres. Não, Jardins Proibidos é muito mais do que isso. Ao minuto 7’, num lacrimoso diálogo de papelaria entre Célia e Andreia, esta confidencia que a sua irmã aderiu ao Estado Islâmico e, pior ainda, passou a usar burka e mudou o nome de Sandra para Leila. Ao minuto 9:55’, uma advertência sobre os malefícios do Facebook. Ao minuto 10’, e por aí fora, publicidade descarada ao Correio da Manhã. O melhor deste 14º episódio de Jardins Proibidos? Acontece ao minuto 22:20’. Uma fundamentada explicação histórica sobre o fenómeno do nazismo, quando Adolf Hitler contou com o apoio cego de «centenas e centenas de alemães». Os pais de Sandra a.k.a. Leila planeiam ir à Síria resgatar a filha das garras do Estado Islâmico. Parece-nos arriscado, mas enfim, cada um sabe de si. Ah, e para puxar à lágrima aparece também uma miúda hospitalizada que, muito queridíssima, luta entre a vida e a morte. Não perca os próximos episódios de Jardins Proibidos, portanto. Comparado com isto, os Monty Python são uns amadores do riso".
O mundo ficou um pouco mais limpo com a morte de um porco facho e Helena Zhdanov, discretamente, verte uma lágrima pelo herói
Claro que o Carlinhos discordou: a troika era demasiado moderada para quem desejava ir além dela
É verdadeiramente genial, o PIMP! Como é que, até agora, ninguém se tinha lembrado disto?...

29 September 2014

"Albert Cossery (1913-2008) nasceu no Cairo e viveu até à sua morte em Paris, num quarto de hotel. (...) Publicou, em quase setenta anos, oito títulos apenas. Um livro de oito em oito anos, uma linha por semana, eis a sua média - que este grande adepto da indolência fez questão de não ultrapassar" (da badana de Mandriões no Vale Fértil, edição Antígona)

VINTAGE (CCXXIII)

The Beatles - "Revolution 9"

Mantenhamo-nos atentos: seguir-se-ão a Aliança de Esquerda para o Progresso, a União Democrática Progressista e a Frente de Esquerda Democrática  (episódios anteriores)

Repartição de Finanças da pátria. Coisa entre a tragédia shakespeareana, o teatro do absurdo, um labirinto de Escher arraçado de Kafka e o kitsch da banalidade. Nos 60 minutos que decorrem da transição da senha 69 para a 70, um monitor compulsivamente maximal-repetitivo informa sobre os tempos médios de espera nas congéneres do território lusitano (não confirmado), embrenha-se nas subtilezas semânticas que separam "atendimento prioritário" de "atendimento preferencial", alerta, muito apropriadamente, para "situações de emergência em espaços públicos" ("em caso de emergência mantenha a calma", se estiver à beira da anóxia, procure respirar) e - supremo momento de redenção e alívio das lusas dores clonado do "intermezzo" do professor Marcelo -, oferece o mini-espaço informativo "Portugal brilha nos desportos a nível mundial"! À volta, o universo pode desintegrar-se mas, algures, um queiroziano portuguesinho valente demoliu a concorrência num torneio de chinquilho!!!

M. C. Escher - "Still Life with Spherical Mirror" (1934)

28 September 2014

Nestas ocasiões em que tende a sobrevalorizar-se a democracia, há que manter as coisas em perspectiva





(O Terceiro Homem - real. Carol Reed, 1949; também aqui, com bonecos a mexer)
Inacreditável!... apelar ao voto "em si próprio"... por onde anda a grandeza de apelar ao voto no adversário???

STREET ART, GRAFFITI & ETC (CXLI)

Lisboa, Portugal, 2014 (José Carvalho)




Dúvida: a Susana estará incluída nos eleitores do PS falecidos, emigrados, desmaterializados, transviados ou a monte?
 

Já agora: a ex-mandatária para a Juventude não revela o seu sentido de voto? E o Senhor dos Robalos não esclarece quem o seu Tó preferido?
Ainda não está esclarecido se a Susana - esposa do organizador/manifestante "orgulhoso de ser branco" que declarou "Imigração e criminalidade andam quase sempre de mãos dadas e não temos de ter medo de chamar as coisas pelos nomes" (...) O Governo tem de expatriar os imigrantes. A nacionalidade herda-se, não se compra" - vai votar no Tó ou no Tó; mas vale a pena reparar na particular pertinência da observação do chefe da matilha: "Nós estamos no coração histórico de Lisboa e isto, de história de Lisboa, tem muito pouco ou nada" - ali, mesmo atrás dele, situa-se a histórica Mouraria

27 September 2014

AO CUIDADO DA DIRECÇÃO GERAL DA SAÚDE
 (assunto urgente)

“Ai que engraçado! Então, sem querer, ou por querer, eu estou ligado à Tecnoforma. Olhe que engraçado. Não tem graça nenhuma, mas é a vida!” (Ângelo Correia) + “Tem a certeza de que eu fui membro disso? Com franqueza, nem me lembrava disso e não faço ideia de quais eram os seus objectivos” (Marques Mendes) + “CPPC custou à Tecnoforma um milhão de euros por ano”
ASSUNTO DE ESTADO


Custa a crer que o mundo tenha desejado continuar a existir depois de Shakespeare. E depois de Rimbaud, Pessoa ou Borges. Não é verdade que não haja insubstituíveis. Não serão muitos mas, para todos aqueles que dizem o que mais ninguém diz de um modo que nenhum outro disse antes ou dirá depois, não se conhece outra palavra. É por isso que não se deve estranhar que o último álbum de Leonard Cohen, Popular Problems, publicado esta semana, um dia depois do seu 80º aniversário, esteja a ser tratado como um assunto de Estado. E, se há circunstância em que a expressão “assunto de Estado” não soa pomposamente tonta, é este. Em Londres, na Mac Donald House da Canada High Comission, foi apresentado por Gordon Campbell, Alto Comissário para o Reino Unido desde 2011, na qualidade de tesouro nacional. Tal como já havia acontecido nos seus equivalentes institucionais de Los Angeles e Bruxelas.


Não devemos levar-lhes a mal. Leonard Cohen é tudo menos património geograficamente privado mas, tivéssemos nós (ou quaisquer outros) um Cohen, e mereceríamos cobrir-nos de vergonha se não fizéssemos o mesmo. Por aqui, não paira, no entanto, qualquer espírito de testamento final. É o próprio Leonard que, apesar de, a poucos metros de distância, parecer ínfimo, frágil, quase imaterial, anuncia estar o próximo volume a caminho, e que, naturalmente, se poderá chamar Unpopular Solutions. Algo como o terceiro painel de um tríptico inaugurado com Old Ideas, o que, se pensarmos um segundo, não é senão a persistência naquilo de que, desde Songs Of Leonard Cohen, não encontra o ponto de fuga (e os humanos de todos os tempos com ele): amor, sexo, culpa, redenção, morte, êxtase e condenação.


Há canções e textos que foram escritos a uma velocidade “assustadoramente rápida”, outras – como "A Street" e "Born In Chains" – que levaram entre uma e quatro décadas a serem concluídas (“em parte, por perfeccionismo, noutra parte, por pura preguiça, e, em ‘Born In Chains’, por mudança do meu muito inseguro ponto de vista teológico”): “Creio que foi Auden que disse que um poema nunca é terminado, é apenas abandonado. Não pretendo inventar a roda. Pego em formas que já existem e faço o meu trabalho sobre elas. Sinto-me grato por poder chegar ao fim de algumas das canções que inicio. Se soubesse de onde vêm as boas canções, ia até lá muito mais vezes. Pedem-me, frequentemente, conselhos. É um engano porque o meu método é obscuro e não pode ser replicado. Escrever canções é semelhante a ser uma freira: é o matrimónio com um mistério. Procuro sempre descobrir o caminho para o centro de uma canção. Tal e qual como no resto da vida. E o resultado não é muito melhor… o único conselho que posso dar é que, se não desistirmos dela, uma canção acabará sempre por ceder. Mas não me perguntem quanto tempo poderá isso levar…”


Se é possível identificar uma linha a unir os pontinhos, “é um travo de desilusão… mas só dei por isso no fim”. As vacilações teológicas poderão também rondar em "Almost Like The Blues", entoada numa voz extraída da fundura das trevas (“There is no god in heaven, and there is no hell below, so says the great professor of all there is to know”), a mesma que, em "Samson In New Orleans", se interroga “And we who cried for mercy in the bottom of the pit, was our prayer so damn unworthy the Son rejected it?”, mas, como recomendam os melhores e mais perversos tratadistas do horror, introduzindo o tempero da ironia negra e subrepticianamente brechtiana, no discurso (“I saw some people starving, there was murder, there was rape, their villages were burning, they were trying to escape (…) there’s torture and there’s killing, there’s all my bad reviews, the war, the children missing, Lord, it’s almost like the blues”).



“Almost like the blues” seria, aliás, uma bela sinopse para Popular Problems. Nas canções escritas, a quatro mãos, com Patrick Leonard, o que se escuta é quase-blues, quase-gospel, quase-folk, um "ersatz" de tudo isso, superiormente obrigado a participar do sentido da voz e das palavras – é favor colocar o mais intenso acento tónico em “voz” e “palavras” -, sem escrúpulos de “autenticidade”, mas com a máxima potência na possibilidade de expressão. Interrogado sobre as suas opiniões políticas, Leonard Cohen declara-se como “um optimista que ainda não saiu do armário” mas, em simultâneo, confrontado com a condição de canadiano, explica que “os canadianos olham para os EUA como as mulheres vêem os homens, com muito cuidado”. É um excelente "soundbyte". Falando, porém, de política pura e dura, não há académico pós-doutorado que tenha ido além da espectrografia que Cohen, sobre a silhueta de um "sample" de canto arábico, em "Nevermind", exerce sobre o (seu) Médio Oriente e posteriores jihadismos adjacentes: “I was not caught, though many tried, I live among you, well disguised (…) there’s truth that lives and truth that dies, I dont’ know which so never mind”. Acessoriamente, explica que o motivo por que aborda estes tópicos é apenas consequência de andar pelo mundo e estas coisas apanharem-se “do ar”: “Tenho passado toda uma vida a construir uma posição política que ninguém consiga decifrar”.


O programa de governo do velho estadista da “tower of song”, porém, é tântrico (“It’s not because I’m old, it’s not what dying does, I always liked it slow, slow is in my blood (…) you want to get there soon, I want to get there last”), um tanto ou quanto sabiamente hesitante na definição do adversário (“You put on a uniform to fight the Civil War, it looked so good I didn’t care what side you’re fighting for”), seguramente arrepiante (“I see the ghost of culture with numbers on his wrist, salute some new conclusions which all of us have missed”). Mas, se alguém pergunta ao literato ancião - que confessa “leio muito pouco” - o que desejaria para o seu iminente aniversário, ele hesita, conta como, na tradição familiar, esse tipo de festas e celebrações nunca foi muito levado a sério e sugere “talvez, fumar um cigarro”. Quem o escuta, vários hertz abaixo de Tom Waits, em "Did I Ever Love You" ou "Samson In New Orleans", nunca pensaria que tal terapêutica fosse necessária. Ele não o diz mas adivinha-se que a oferenda ideal seria “a weekend on your lips, a lifetime in your eyes”.

("Expresso")

26 September 2014

Multiplicam-se os casos de Alzheimer (epidemia?)

Por exigência pública, a reposição da série:

LIMPAR O PÓ AOS ARQUIVOS (XVIII)

(com a indispensável colaboração do R & R)

(clicar na imagem para ampliar)
Confirma-se: o homem de Massamá, amigo das suas cadelinhas, austero como um eremita, primeiro-salsichão da pátria, empreendedor pro bono e remediado porteiro igualzinho a tantos outros NÃO FAZ STRIP TEASE!!! (de borla)

... nunca!!!

Ora escutem lá o mestre,
cambada de amadores...
 
O Relvas faz muita falta, não faz?

("Sol")

24 September 2014

... quando a linha de defesa 
direitolas chega a este ponto... 

porteiros, "doormen"...



... e "Back Door Men"

Ai, ai, ai, Pedrinho, Pedrinho... (II)
 
(daqui)
Tó vs Tó (capítulo quase final)

Moderador: "Antes de começar, qual é o Tó e qual é o Tó?"

23 September 2014

B(R)AND 


Foi um grande momento de sinergia empresarial o que, terça-feira, 9 de Setembro, teve lugar, em Cupertino, na Califórnia: uma "brand" (a Apple) e uma "band" que também é uma "brand" (os U2) subiram ao palco onde a primeira procedia ao lançamento dos seus novos electrodomésticos e os dois respectivos CEO encenaram uma divertida rábula. Após a interpretação de uma canção – "The Miracle (Of Joey Ramone)" – pela "b(r)and" irlandesa, Tim Cook, vocalista da Apple, entoou: “Não foi o single mais incrível que, alguma vez escutaram?...” Teria sido bastante fácil responder-lhe negativamente com 10 000 exemplos de apoio mas ele não deu tempo para isso, acrescentando “Íamos adorar um álbum inteiro assim”. Instantaneamente, no modo pro bono que o caracteriza, Bono interrogou-se: “O problema é por que forma conseguir fazê-lo chegar ao máximo número de pessoas, como sempre foi timbre da nossa banda... Suponho que vocês têm 500 milhões de subscritores no iTunes... seriam capazes de levar o álbum até eles?” Cook, magistralmente, hesitou mas acabou por responder “Se o oferecermos de graça...” 


E, activando magicamente o correcto alinhamento de planetas, cinco segundos depois, a totalidade de Songs Of Innocence era depositada em todas as contas de iTunes e 100 milhões de dólares (miminho da Apple, segundo o “Wall Street Journal”) escorregavam para o baú do quarteto de Dublin no qual, a partir de 13 de Outubro, quando o CD físico estiver nas lojas, deverá cair mais alguma pecúnia jeitosa. Coisa para deixar feliz até Michael Noonan, ministro das finanças da República da Irlanda, não se desse o caso de os beneméritos U2 – tal como 19 dos 20 grupos económicos do luso PSI-20 – terem domicílio fiscal na "tax friendly" Holanda. Tudo isto parece ter muito pouco a ver com, como dizer?... música? Nada disso! Como Bono fez questão de sublinhar, “Não acredito em música gratuita. A música é um sacramento”. Ou, talvez, um $acram€nto. Porque a verdade é que, para quem viu as vendas dos três últimos álbuns descer de 4,4 milhões para 1,1 milhões, ter, de repente, à disposição 500 milhões, só pode reforçar a fé. Pelo menos, o suficiente para escolherem a sede da segunda maior multinacional de tecnologia informática como chão... err... sagrado para o lançamento do “álbum mais pessoal de sempre”, com título inspirado em William Blake e tudo. 
Marx?!!!... isso foi mas é sacado dos lanchinhos com a Merkel a enfardar Bratwurst


Ai, ai, ai, Pedrinho, Pedrinho... (I)

22 September 2014

A Floribella poderá ter um crânio de tal modo espaçoso que uma ideia e meia são capazes de viver lá dentro sem nunca se encontrarem, mas, sejamos justos, é um Rubinstein dos ferrinhos!

Não sei se gosto mais do plano tecnológico do outro ou do destes
FOOD FOR THOUGHT (XIV)


(nota-se bastante o fanatismo deslumbrado do recém-convertido previamente ignaro mas vale a pena ler para discordar)
Collecting Insanity (real. Joshua Frank)


(enviado pelo correspondente do PdC em Pequim)


Onde se lê "elavado" deverá ler-se "deslavado"

21 September 2014

Os 269 nomes

Lord Byron Of Rock ‘n’ Roll1, Bard Of The Boudoir, Ladies’ Man, Grandson Of The Prince Of Grammarians, Master Of Erotic Despair, Master Of Romantic Despair, High Priest Of Pathos, Poet Laureate Of Pessimism, Grocer Of Despair, Prophet Of Despair, Poet Laureate Of Commitophobes, Bard Of Bedsits, Dr. Kevorkian Of Song, Beautiful Creep, Godfather Of Gloom, Godfather Of Doom ‘N’ Gloom, Prince Of Bummers, Troubadour Of Travail, Laughing Len, Laughing Lennie, Captain Mandrax, Poet Of Rock and Roll, Master of the Egg Salad Sandwich, Poet of the Holy Sinners, King Of Dirge, Poet Of Existential Despair, Jikan/Jikan The Useless Monk/Silent One, Poet Of Bedsit Angst, Poet Laureate Of Misery, Gloom Merchant, Bourgeois Individualist Poet, Bard Of Love And Loss, Grand Master of Melancholia, King Of Misery, Poet Laureate Of Our Dreams, Durable Hipster, Legendary Ladies Man, Existential Comedian, Spin Doctor For The Apocalypse, Grizzled Prophet, Damaged Priest, Hippie Icon, Apocalyptic Lounge Lizard, Jeremiah Of Tin Pan Alley, Amiable Gangster, Poetic Playboy, Emotional Imperialist, Restless Pilgrim, 


Patron Saint Of Angst, Smiling Dada Of Despair, Montreal Mensch, Prince Of Pain, Bard Of Mount Baldy, Our National Muse, Maestro Of The Monotone, Crown Prince of Pain, Our Man, Godfather Of Great Singers Who Can’t Sing, Joking Troubadour of Gloom/Troubadour of Gloom, Master Of Sexy Melancholy, High Priest Of Solitude, Master Of Word And Song, Bard On A Wire, Canadian Bard, Canada’s Melancholy Bard, Canadian Bard Of The Holy And Profane, King Of Melancholy, Disappearing Mr. Mysterioso, Master Of Misery, Maestro Of Melancholy, Maestro Of Magnificent Melancholy, Poet Of Love, Patron Saint Of Disappointment, King Of Hearts, Godfather Of Goth, Ageless Troubadour Of Montreal, Prince Of Precision, Patron Saint Of Bedsit Depressives, Poet Of Pleasure And Pain, Apostle Of Melancholy, Bard Of Our Great Depression, Godfather Of Miserablism, Bard Of Montreal, Canada’s High Priest Of Poetry, Coolest White Man On The Planet, Melancholy Bard Of Popular Music/Canada’s Melancholy Bard Of Popular Music, Canada’s Literary Enfant Terrible, High Priest Of Lyrical Minimalism, Poet Of Swinging Suicides, Master Of Duende, Bleak Baritone, Canada’s Poet Laureate Of Existential Despair, Troubadour Of Love, Cat In The Hat, Prince Of Anguish, King Of Cool, Beat Apocalyptic Prophet, Mel Torme of the Terminally Downbeat, Prince of Prurience And Loss, International Man, 


Culture Man, Architect Of Angst, Poet Laureate Of The Lonely-Hearted, Prince Of Pessimism, Felonious Monk, Poet Of Anguish, God In The Black Suit, Godfather Of Misery, World’s Only Interesting Canadian, Musical Bard Of Canada, Existential Serenader, Arch Bard Of Miserabilism, Poet Of The Heart, Poet Of Romantic Doom/Croaky Poet Of Romantic Doom, God’s Dearest Sunbeam, Master Of Prose, Visceral Romantic, Renaissance Mensch, Poet Of Loneliness, Maestro Of Timing, Patron Saint Of Envy, Prophet Of The Heart, King Of The Alta-Cockers, Poet Laureate Of The Self-Obsessed, Maestro Of Moving On, Cohen The Miserablist, Patron Saint Of Miss Dale’s Farm, Partisan Der Liebe (Partisan Of Love), Montreal Mope, White Barry White, Troubadour Of Melancholy, Patron Saint Of Young People Living In Cities, Waiting For Something To Happen, Titan Der Worte (Titan Of The Words), Dark Poet, Don Of Depression, Prophet Of Love, Brother Of Mercy, Solitary Cliff, Cliff, Post Henry And June Evangelical Pimp Of All Centuries, Love’s Hard Man, High Priest Of Passion And Pain, Roving Poet Laureate Of Rock’n’roll, Poetul De La Microfon/Poet Of The Microphone, Godfather Of Cool, Young Prince Of Montreal, Poet Prince Of Montreal, Badass Of Dark Verse, Maestro Of Murky Mirth, Canada’s Troubadour of Song & Verse, Melancholy Troubadour, Anarchist Without A Bomb, Somnambulist Without An Alarm Clock, Chief Apocalyptist, Melancholy Hero, Legendary Grouchy Bard From Montreal, Legendary Bard From Montreal, Late-Romantic Existentialist,


Saint Porn, Godfather of Hipsterism, Bard Of Exaggerated Emotion, Cohen The Sensualist, Poet Laureate Of Despair, Leonard The Versifier, Godfather Of Depressive Rock, F. Scott Fitzgerald Of Popular Song, Pop Music’s Perpetual Old Man, King Of Sorrow, Laureate Of Creative Agony, Grinning Reaper, World Heavyweight Champion Of Existential Despair, Singular Voice Of Terminal Melancholia, Mel Brooks Of Misery, Maestro Of Munificent Magnanimity, One Man Joy Division, Unbeautiful Winner, Virgin-Pilgrim War Hero, Canadian Bob Dylan, Baritone-Voiced Scholar Of Heartache And Cultural Decay, Poet Laureate Of Outrage And Romantic Despair, Patron Saint Of Suicides, Mr. Misery, Aficionado Of Gloom, Grand Master Of Bedroom Angst, Black-Clad Troubadour Of The Minor Key, King Of Popular Music/Undisputed King Of Popular Music, Master Of Mortification, Sentry Of Solitude, Grand Overlord of Melancholy, Old King Cohen, Sage From Mt Baldy, Bard Of The Depressed, Maestro Of The Downbeat, Prophet Of Dark-Alley Dreams, Hallelujah Hitmaker, Holy (Wholly) Existential Sensualist, Irreverent Master of Prayer, Lazy Bastard Living In A Suit, Elegant Aesthete, Kafka Of The Blues, Gentleman Zen, Black Romanticist, Baleful Buddhist, Poet of Rock Music, The Man With The Hat, High Priest Of Minimalism, Seer Of Montreal, Patron Saint Of Life’s Beautiful Losers, Papou, Elder Statesman Of Showmanship, Bard of Harlequin, Godfather Of Blissful Doom, Master Of Romantic Angst, 


Ghost Of ’60s Past, Warrior Of Love, Master of Delicate Sadness, Tortoise-Shell Hero & Tortoise, Byronic Bullfrog, Doyen De Ces Papys Du Rock [Dean Of The Granddads Of Rock], Melancholiker Der Alten Schule [Old School Melancholic], Patron Saint Of Canada, Poet Of Human Darkness, Hipsters’ Idol, Naked Saint, Professor Of Cool, Buster Keaton Of Despair, Poet Of Romantic Despair, Harbinger Of The Heart, Poet Laureate Of Popular Music, Bard Of Liquid Soul, High Priest Of Lyrical Beauty, Prophet Of Our Times, Poet Laureate Of Jewish Theology, Jewish Dean Martin, Zen Master Of Song, Maestro Of Misery, Canada’s Numero Uno Agent Of Anguish/Agent Of Anguish, Poet Laureate Of The Blackened Heart, Crooner Des Crooners, Le Croonerissime [Crooner Of Crooners, The Ultimate Crooner], Troubadour Trickster, Grim Grocer Of Grief, Poet Laureate Of Songsters, Dalai Cohen, Poet Laureate Of Dry Wit And Tattered Romance, Elder Statesman Of Angst, Poet Laureate Of Pain, Edith Piaf With Chest Hair, Irreverent Master Of Prayer, Poet Laureate Of Melancholia, Patron Saint Of All Things Soulful And Romantic, Montreal’s Patron Saint Of Songwriting, Stimme der Endzeit, Stimme der Lieb [Voice Of The End Times, Voice Of Love], Poet Laureate Of Wine, Women And Song, Great Bard Of Late-Night Melancholy, Canada´s Dark Bohemian Wise Baritone, Thinking Man’s Godfather Of The Boudoir, Ascetic Prophet Of Acoustic Disaffectedness, America’s Musical Prophet Of The Apocalypse, Pop’s Patron Saint Of Those Who Consider Themselves Sensitive Searchers, King Of Seduction, King Of Pop, Lichtbringer [Lightbringer], Rock Star Monk, Our Poet Of The Apocalypse, Poet Laureate of Songwriters, Coolest Octogenarian In Music, Desolation Angel, High Priest Of Suicide Rock, Canada’s Poet-Singer Of The Lovable And The Livable, Rockens Yoda [Rock Yoda] (aqui)
"Não há nenhum deus. Sou ateu. A religião acredita em milagres, mas estes são incompatíveis com a ciência" (Stephen Hawking)









(legendas das fotos aqui)